Escritor e dramaturgo norueguês é autor de 'É a Ales' e do inédito ?Brancura?AFP
Publicado 05/10/2023 08:36 | Atualizado 05/10/2023 09:01
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O norueguês Jon Fosse venceu o Prêmio Nobel de Literatura 2023 por "por suas peças inovadoras e por dar voz ao indizível", segundo a Academia Sueca, que fez o anúncio na manhã desta quinta-feira, 5. O valor do prêmio é de cerca de R$ 5 milhões (11 mil coroas suecas).

Entre os cotados este ano estavam Lyudmila Ulitskaya, Salman Rushdie, Can Xue, Mircea Cartarescu, Peter Nadas, Laszlo Krasznahorkai, Ismail Kadare, Ngugi wa Thiong'o e Margaret Atwood.

Em 2022, a Academia Sueca premiou a francesa Annie Ernaux pela "coragem e agudeza clínica com que ela descobre as raízes, os distanciamentos e restrições coletivas da memória pessoal".

Ela é autora de obras como "Os Anos e O Acontecimento" e foi apenas a 17ª mulher a ganhar o Nobel de Literatura, criado em 1901 e concedido a 119 homens desde então.
Nascido em Haugesund, na costa oeste da Noruega, em 1959, Fosse estreou na literatura com a publicação do conto "Han" em um jornal estudantil. Anos mais tarde, lançou "Raud, svart" (Vermelho, negro), seu primeiro romance.
Por sua "Trilogien" (trilogia composta por três novelas), recebeu o prestigioso Prêmio Literário do Conselho Nórdico. Seus livros já foram traduzidos em mais de 50 idiomas. Fosse escreve em nynorsk (neonorueguês), variante linguística criada no século XIX, sob inspiração do nacional-romantismo, que combina diversos dialetos costeiros.
O novo Nobel de Literatura tem dois livros publicados no Brasil: “Melancolia”, editado pela Tordesilhas em 2015, e “É a Ales”, lançado em setembro pela Companhia das Letras. Ainda este mês, a Fósforo envia mais um às livrarias: “Brancura”.

“Melancolia” narra a jornada tortuosa de um personagem real, Lars Hertervig (1930, pintor inseguro e delirante, que nasceu pobre no interior da Noruega, mas acabou descoberto por em mecenas e enviado para estudar na Alemanha.
Em "É a Ales", um narrador onisciente costura, com delicadeza e precisão, as reminiscências de Signe, uma mulher cujo marido (Asle) desapareceu após sair de barco em um fiorde. As vírgulas são o único sinal de pontuação usado no livro.

Já "Brancura" é romance onírico protagonizado por um homem que começa a dirigir sem rumo e, desconhecendo as próprias motivações, conduz seu carro até uma floresta. Quando seu trajeto é interrompido pela noite e pela neve, ele decide se aventurar pela mata escura, onde se depara com um ser de brancura reluzente.
Conheça os mais recentes vencedores do Prêmio Nobel de Literatura:

- Annie Ernaux (2022)

- Abulrazak Gurnah (2021)

- Louise Glück (2020)

- Peter Handke (2019)

- Olga Tokarczuk (2018)

- Kazuo Ishiguro (2017)

- Bob Dylan (2016)

- Svetlana Aleksiévitch (2015)

- Patrick Modiano (2014)

- Alice Munro (2013)

- Mo Yan (2012)

- Tomas Tranströmer (2011)

- Mario Vargas Llosa (2010)

- Herta Müller (2009)

- Le Clézio (2008)

- Doris Lessing (2007)

- Orhan Pamuk (2006)

- Harold Pinter (2005)

- Elfriede Jelinek (2004)

- J.M. Coetzee (2003)

- Imre Kertész (2002)

- V.S. Naipaul (2001)
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