George Tyndall foi acusado praticar abusos sexuais ao longo de 30 anos de carreiraReprodução/NBC
Publicado 06/10/2023 10:50 | Atualizado 06/10/2023 10:54
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Um ginecologista do campus de uma importante universidade americana na Califórnia, que havia sido acusado de abusar sexualmente de pacientes, foi encontrado morto em sua casa, informou seu advogado nesta quinta-feira (5).
George Tyndall estava prestes a ser julgado por acusações de agredir pacientes inconscientes no centro de saúde estudantil da prestigiosa Universidade do Sul da Califórnia (USC) em várias ocasiões entre 2009 e 2016.
O homem, de 76 anos, havia negado as acusações, mesmo quando a universidade concordou em pagar mais de US$ 1 bilhão (R$ 5,17 bilhões, na cotação atual) a centenas de mulheres que o denunciaram.
O advogado Leonard Levine disse que Tyndall foi encontrado morto em seu apartamento em Los Angeles na quarta-feira por um amigo que havia usado uma chave para entrar após não conseguir contatá-lo.
"Estamos 99% certos de que foi por causas naturais", disse Levine, mas acrescentou que provavelmente seria realizada uma autópsia para determinar a causa da morte.
A universidade fechou acordos no total de US$ 852 milhões (R$ 4,4 bilhões) em 2021, além de US$ 215 milhões (R$ 1,1 bilhão) resultantes de uma ação coletiva federal anterior em 2018.
Tyndall havia sido acusado de abuso por centenas de pacientes mulheres durante exames médicos ao longo de seus 30 anos de carreira, em um escândalo que envolveu a universidade.
As acusações variavam de toques impróprios a estupro e remontavam a 1990. A denunciante mais jovem tinha 17 anos.
Milhares de ex-pacientes processaram a universidade por não responder adequadamente às acusações contra Tyndall, alegando que a instituição tinha conhecimento das ações do médico, mas continuou permitindo seu acesso aos estudantes.
Tyndall não foi investigado pelas autoridades da USC até 2016 e foi permitido que se aposentasse em virtude de um acordo amigável com a universidade, que supostamente envolvia um pagamento de US$ 200 mil (R$ 1 milhão).
O então presidente da instituição renunciou em 2018 em meio à pressão de 200 professores para que deixasse o cargo devido ao escândalo.
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