Publicado 07/10/2023 08:16
O grupo palestino Hamas bombardeou Israel neste sábado, 7. Segundo o último balanço dos serviços de emergência israelenses, cerca de 70 israelenses morreram no ataque, enquanto centenas foram feridos e foram encaminhados a hospitais. No entanto, o serviço médico local espera que o número de vítimas aumente ao logo do dia.
"Até as 17h35, horário local (11h35 em Brasília), podemos atualizar o balanço para 70 mortos e centenas de feridos, que estão em estado grave, moderadamente grave e com ferimentos leves", disse Magen David Adom (equivalente israelense da Cruz Vermelha) em um comunicado.
Combinando um assalto com homens armados por terra e o lançamento de misséis, com pelo menos 2.200 fogueses, o grupo Hamas afirmou que o ataque surpresa faz parte de um "movimento maior". A mídia israelense relatou tiroteios entre combatentes palestinos e forças de segurança em cidades do sul israelense. O chefe da polícia de Israel disse que houve “21 cenas ativas” na região sul do país, indicando a extensão do ataque.
Em vídeo publicado nas redes sociais, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o país está em guerra, que irá "vencer" o confronto e convocou uma reunião de emergência com autoridades de segurança. Netanyahu também disse ter ordenado "uma ampla mobilização" de reservistas.
"Convoquei os chefes do sistema de segurança, e antes de mais nada os instruí a limpar os assentamentos dos terroristas que se infiltraram — esta operação está acontecendo agora", declarou.
Ministro de Defesa, Yoav Galant manteve o tom, delarou que o Hamas cometeu um "grave erro" e que "as tropas estão lutando contra o inimigo em todos os locais”. Após os ataques, as Forças de Defesa de Israel entraram em prontidão e dezenas de caças realizam ataques aéreos contra instalações do grupo terrosita em Gaza.
Reação internacional
A escalada da violência provocou inúmeras reações internacionais. A Rússia apelou à calma e disse estar "em contato com todo mundo neste momento, com os israelenses, os palestinos e os árabes", segundo Mikhail Bogdanov, vice-ministro das Relações Exteriores e emissário do Kremlin para o Oriente Médio e a África.
A Turquia também instou israelenses e palestinos a "agirem de maneira razoável". A União Europeia condenou "inequivocamente" os ataques "dos terroristas do Hamas" e manifestou a sua "solidariedade com Israel", que tem o "direito de se defender", afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
França, Reino Unido, Alemanha e Espanha condenaram os ataques do Hamas e tanto a Itália como a Ucrânia apoiaram o direito de Israel se defender.
*Com informações da AFP
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