Publicado 16/10/2023 11:01
Um ex-espião britânico enfrenta, a partir desta segunda-feira, 16, a justiça em Londres após o processo apresentado por Donald Trump por um relatório controverso sobre os supostos laços do ex-presidente americano com a Rússia, o que desencadeou uma tempestade política em 2017.
Trump, mais uma vez candidato à indicação republicana para as eleições presidenciais, apresentou uma denúncia contra Christopher Steele, de 59 anos, e a empresa privada Orbis, fundada por este ex-agente dos serviços de informação britânicos, com base na lei da proteção de dados.
A pedido do campo democrata, durante a campanha para as eleições americanas de 2016, Christopher Steele compilou informações não verificadas que relacionavam Trump com a Rússia.
"O presidente Trump inicia este processo porque busca fazer valer os seus direitos jurídicos, com base no fato de que as declarações incluídas nestes memorandos são falsas", disse o seu advogado Hugh Tomlinson na audiência no Supremo Tribunal de Londres.
A denúncia concentra-se, em particular, em dois trechos deste relatório, que descrevem supostas orgias em que Donald Trump teria participado em São Petersburgo, além de outras com prostitutas em Moscou. Embora o ex-presidente dos EUA reconheça que a empresa Orbis não é responsável pela publicação do relatório, considera que foi ela quem "processou" os dados incluídos no mesmo.
Os advogados da Orbis pediram que as ações movidas contra os seus clientes fossem retiradas, considerando que eles "não são responsáveis" por possíveis danos à reputação de Donald Trump, causados pela publicação do relatório sem o seu conhecimento.
Relatório aponta ajuda de Putin na eleição de Trump
Publicado pelo site Buzzfeed 10 dias antes da posse de Donald Trump, em janeiro de 2017, o relatório incluía inúmeras acusações comprometedoras para o ex-presidente dos EUA, sugerindo também que o presidente russo, Vladimir Putin, havia "apoiado e dirigido" uma operação para "promover" a candidatura de Donald Trump às eleições presidenciais americanas.
As audiências continuarão na terça-feira, à espera de uma decisão em data ainda indefinida.
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