Publicado 17/10/2023 11:07 | Atualizado 17/10/2023 12:07
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (CSNU) adiou a votação do projeto de resolução do Brasil sobre o conflito entre Israel e o Hamas para esta terça-feira (17). A sugestão da Rússia foi vetada nesta segunda-feira (16), quando seria votado o projeto brasileiro.
A postergação da votação do texto proposto pelo Brasil dá tempo ao país - que está na presidência do Conselho de Segurança da ONU este mês - angariar apoio para uma eventual aprovação.
A presidência brasileira está engajada em encontrar uma linguagem que possa ser aceita pela maioria dos membros do CSNU, incluindo americanos e russos, de acordo com fontes ouvidas pelo Estadão/Broadcast. Um dos pontos de atenção seria a não menção à expressão "cessar-fogo" na proposta de resolução sugerida pelo Brasil.
A reunião do Conselho de Segurança para a votação das propostas de resolução para a guerra no Oriente Médio foi suspensa minutos após ter iniciado na sede do órgão, em Nova York. Representantes dos Emirados Árabes Unidos pediram mais tempo para que os embaixadores pudessem ter consultas a portas fechadas sobre alguns pontos antes de os membros se manifestarem sobre os textos.
Na retomada da votação, a proposta da Rússia foi apresentada, mas rejeitada pelo Conselho. O texto que defendia "imediato cessar-fogo" recebeu cinco votos a favor, quatro contra e seis abstenções, incluindo o Brasil.
São necessários ao menos nove votos, considerando o total de 15 países que formam o CSNU, para que o projeto de resolução seja aprovado. Além disso, não pode ser vetado por nenhum dos cinco membros permanentes: Estados Unidos, Reino Unido, China, França e Rússia.
Dentre os países que votaram contra à proposta russa, estiveram Estados Unidos, França e Reino Unido. A embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas Greenfield, afirmou que a proposta de resolução russa falha em não condenar o grupo Hamas.
Na retomada da votação, a proposta da Rússia foi apresentada, mas rejeitada pelo Conselho. O texto que defendia "imediato cessar-fogo" recebeu cinco votos a favor, quatro contra e seis abstenções, incluindo o Brasil.
São necessários ao menos nove votos, considerando o total de 15 países que formam o CSNU, para que o projeto de resolução seja aprovado. Além disso, não pode ser vetado por nenhum dos cinco membros permanentes: Estados Unidos, Reino Unido, China, França e Rússia.
Dentre os países que votaram contra à proposta russa, estiveram Estados Unidos, França e Reino Unido. A embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas Greenfield, afirmou que a proposta de resolução russa falha em não condenar o grupo Hamas.
"Infelizmente, a resolução da Rússia falha em não fazer nenhuma menção ao Hamas. Falhar ao condenar o Hamas é dar cobertura a um grupo de terrorista que brutaliza inocentes. É ultrajante, super crítico e indefensável", disse ela, ao defender o veto ao texto
Já o embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzya, disse que o Conselho de Segurança ficou "refém do ego do bloco ocidental". "O mundo inteiro esperou que o Conselho de Segurança tomasse medidas hoje para pôr fim ao derramamento de sangue, mas os países ocidentais carimbaram essas expectativas", disse ele, após a proposta russa ser barrada no órgão.
A China foi a favor da proposta russa. A delegação chinesa disse também que a proposta brasileira é "bem-vinda". "Lamentamos profundamente o fato de o Conselho não ter chegado a um acordo sobre esse projeto de resolução. As questões humanitárias não devem ser politizadas. O conflito está se espalhando", afirmou o embaixador da China na ONU, Zhang Jun, defendendo um consenso entre as partes.
Já o embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzya, disse que o Conselho de Segurança ficou "refém do ego do bloco ocidental". "O mundo inteiro esperou que o Conselho de Segurança tomasse medidas hoje para pôr fim ao derramamento de sangue, mas os países ocidentais carimbaram essas expectativas", disse ele, após a proposta russa ser barrada no órgão.
A China foi a favor da proposta russa. A delegação chinesa disse também que a proposta brasileira é "bem-vinda". "Lamentamos profundamente o fato de o Conselho não ter chegado a um acordo sobre esse projeto de resolução. As questões humanitárias não devem ser politizadas. O conflito está se espalhando", afirmou o embaixador da China na ONU, Zhang Jun, defendendo um consenso entre as partes.
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