Publicado 18/10/2023 13:28
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas rejeitou, nesta quarta-feira (18), a proposta de resolução sugerida pelo Brasil, que está na presidência do órgão no mês de outubro, sobre a guerra entre Israel e o Hamas. Depois de quatro rascunhos, o texto final recebeu 12 votos a favor, incluindo Brasil e China, duas abstenções, mas um voto contra, dos Estados Unidos.
Com o voto contrário dos EUA, que tem poder de veto, a resolução proposta pela presidência brasileira foi barrada. Reino Unido e Rússia se abstiveram do voto.
"A paralisia do Conselho face a uma catástrofe humanitária não é do interesse da comunidade internacional", disse o embaixador e representante brasileiro na ONU, Sérgio Danese.
A rejeição à proposta de resolução ocorreu após discordância em torno de dois trechos do texto. Os EUA já tinham votado contra ambos.
A embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas Greenfield, disse reconhecer o esforço da presidência brasileira em levar a resolução adiante, e que um posicionamento do CSNU é importante, mas as suas ações têm de estar alinhadas com as ações práticas.
Com o voto contrário dos EUA, que tem poder de veto, a resolução proposta pela presidência brasileira foi barrada. Reino Unido e Rússia se abstiveram do voto.
"A paralisia do Conselho face a uma catástrofe humanitária não é do interesse da comunidade internacional", disse o embaixador e representante brasileiro na ONU, Sérgio Danese.
A rejeição à proposta de resolução ocorreu após discordância em torno de dois trechos do texto. Os EUA já tinham votado contra ambos.
A embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas Greenfield, disse reconhecer o esforço da presidência brasileira em levar a resolução adiante, e que um posicionamento do CSNU é importante, mas as suas ações têm de estar alinhadas com as ações práticas.
"Os Estados Unidos estão desapontados por esta resolução não fazer qualquer menção aos direitos de autodefesa de Israel. Como todas as nações do mundo, Israel tem o direito inerente de legítima defesa", afirmou Greenfield.
A votação da resolução sugerida pela presidência brasileira ocorre enquanto o presidente americano Joe Biden está em Israel. Segundo a embaixadora dos EUA, sua viagem é uma demonstração clara de que os Estados Unidos estão ativamente empenhados no "mais alto nível" para garantir a libertação de reféns, a fim de evitar que o conflito se alastre.
O embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzya, criticou o veto dos americanos. "Acabamos de ser testemunhas mais uma vez da hipocrisia na duplicidade de critérios dos nossos colegas americanos, que não têm posição de princípio no Conselho de Segurança. Eles realmente não queriam que nenhuma solução fosse encontrada aqui", disse.
'Fracasso do Conselho', diz diplomata
Para um diplomata brasileiro, o fracasso na aprovação da resolução é do Conselho de Segurança e não da presidência brasileira, que fez esforços para buscar o consenso dos membros nos últimos dias. Agora, os chamados cofacilitadores podem ser chamados a contribuir de forma mais ativa com o debate sobre a guerra. Neste caso, são os EUA e os Emirados Árabes Unidos. Desde 2016, o CSNU não se posiciona sobre o Oriente Médio.
Finalizada a votação, o Conselho de Segurança deve fazer nova reunião de emergência após o ataque ao hospital na cidade de Gaza que, nesta terça-feira (17), deixou mais de 450 mortos. A reunião foi solicitada pelos Emirados Árabes Unidos, a Rússia e a China.
A votação da resolução sugerida pela presidência brasileira ocorre enquanto o presidente americano Joe Biden está em Israel. Segundo a embaixadora dos EUA, sua viagem é uma demonstração clara de que os Estados Unidos estão ativamente empenhados no "mais alto nível" para garantir a libertação de reféns, a fim de evitar que o conflito se alastre.
O embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzya, criticou o veto dos americanos. "Acabamos de ser testemunhas mais uma vez da hipocrisia na duplicidade de critérios dos nossos colegas americanos, que não têm posição de princípio no Conselho de Segurança. Eles realmente não queriam que nenhuma solução fosse encontrada aqui", disse.
'Fracasso do Conselho', diz diplomata
Para um diplomata brasileiro, o fracasso na aprovação da resolução é do Conselho de Segurança e não da presidência brasileira, que fez esforços para buscar o consenso dos membros nos últimos dias. Agora, os chamados cofacilitadores podem ser chamados a contribuir de forma mais ativa com o debate sobre a guerra. Neste caso, são os EUA e os Emirados Árabes Unidos. Desde 2016, o CSNU não se posiciona sobre o Oriente Médio.
Finalizada a votação, o Conselho de Segurança deve fazer nova reunião de emergência após o ataque ao hospital na cidade de Gaza que, nesta terça-feira (17), deixou mais de 450 mortos. A reunião foi solicitada pelos Emirados Árabes Unidos, a Rússia e a China.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.