Publicado 18/10/2023 19:52
O bombardeio a um hospital de Gaza, pelo qual Israel e os movimentos armados palestinos se acusam mutuamente, deixou "dezenas", e não centenas, de mortos, informou à AFP, nesta quarta-feira, 18, um encarregado da inteligência europeia.
“Não houve 200, nem 500 mortos, e sim algumas dezenas, entre 10 e 50”, afirmou a fonte, que não quis ser identificada. O funcionário considerou, com base em "pistas sérias" obtidas por seu órgão, que "Israel provavelmente não fez isso".
O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, governada pelo movimento terrorista Hamas, reportou que 471 pessoas morreram no bombardeio ao hospital Ahli Arab, localizado na cidade de Gaza.
O membro do serviço de inteligência do país europeu ressaltou que "o prédio principal do hospital não foi destruído" no bombardeio de ontem. "E o estabelecimento provavelmente havia sido esvaziado previamente, como todos os hospitais do norte da Faixa de Gaza", após a ordem de evacuação da região emitida na última sexta-feira pelo Exército de Israel.
"Nenhum elemento corrobora” a possibilidade de que houvesse centenas de pessoas no estacionamento do hospital onde o foguete caiu, ressaltou a fonte da inteligência.
Logo após o bombardeio, o grupo terrorista Hamas denunciou a responsabilidade de Israel, que negou envolvimento no mesmo e o atribuiu à Jihad Islâmica, grupo armado palestino aliado do Hamas. “Muitos foguetes têm incidentes de disparo”, comentou o responsável da inteligência.
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