Presidente dos EUA, Joe Biden, durante discursoReprodução
Publicado 20/10/2023 08:06
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou em discurso nesta quinta-feira (19) que o grupo islamista palestino Hamas e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, querem "aniquilar" democracias. Na sequência, ele anunciou que pedirá ao Congresso um financiamento "urgente" para o envio de ajuda a Israel e Ucrânia.

Os Estados Unidos estarão mais seguros "por gerações" se ajudarem esses dois países em guerra, insistiu o presidente americano em uma mensagem incomum à nação direto do Salão Oval da Casa Branca.

"O Hamas e Putin representam ameaças diferentes, mas têm algo em comum: ambos querem aniquilar completamente uma democracia vizinha", acrescentou o democrata de 80 anos, que acabou de retornar de Tel Aviv, onde assegurou ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que os Estados Unidos apoiam Israel.

Por isso, ele pedirá na sexta-feira (20) ao Congresso que financie "urgentemente" a ajuda a Israel e Ucrânia, "nossos parceiros essenciais".

"É um investimento inteligente que trará dividendos para a segurança dos Estados Unidos por gerações. Nos ajudará a manter as tropas americanas fora de perigo. Nos ajudará a construir um mundo mais seguro, mais pacífico e mais próspero para nossos filhos e netos", disse Biden.

"A liderança dos Estados Unidos é o que mantém o mundo unido. As alianças americanas são o que nos mantém seguros, a nós, Estados Unidos. Os valores americanos são o que nos tornam um aliado com o qual outras nações querem trabalhar", disse ele.

"Os Estados Unidos ainda são um farol para o mundo. Ainda. Ainda", assegurou. Com este discurso à nação, Joe Biden, candidato à reeleição, quer convencer seus rivais republicanos, mas também o eleitorado, cansado da guerra na Ucrânia, sobre a necessidade de um pacote de ajuda para Kiev e Israel.

'Política mesquinha'
Ao vincular a defesa de Israel com a da Ucrânia, ele espera obter o consenso que até agora lhe faltou no Congresso para financiar ajuda militar adicional a Kiev.

Também é uma oportunidade para se distinguir de um Partido Republicano que está em tumulto desde que alguns congressistas republicanos próximos ao ex-presidente Donald Trump provocaram a destituição do presidente da Câmara baixa, sem até agora conseguir impor um sucessor.

Assim, a instituição está imersa em uma crise, incapaz por enquanto de aprovar um projeto de lei.

"Não podemos permitir que a política mesquinha e partidária e a raiva se interponham em nossa responsabilidade como uma grande nação. Não podemos e não vamos permitir que terroristas como o Hamas e tiranos como Putin vençam. Eu me recuso a permitir que isso aconteça", disse Biden, convencido de que seu país continua sendo o guardião da liberdade.
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