Publicado 21/10/2023 08:32
A ajuda humanitária começou a entrar neste sábado (21) na Faixa de Gaza, onde centenas de milhares de pessoas precisam desesperadamente de assistência, um dia após a libertação de duas americanas que haviam sido sequestradas pelo movimento palestino Hamas durante o violento ataque contra Israel em 7 de outubro.
Correspondentes da AFP observaram que os primeiros 20 caminhões passaram pelo posto de Rafah, na fronteira entre Egito e Faixa de Gaza, e entraram no enclave palestino, cercado por Israel no âmbito da guerra contra o Hamas.
"Este primeiro comboio não deve ser o último", declarou o subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths.
Um total de 175 caminhões com ajuda humanitária aguardam há vários dias do lado egípcio a autorização para entrar na Faixa de Gaza, governada pelo movimento islamista palestino Hamas.
No 15º dia do conflito, os caminhões representam a "diferença entre a vida e a morte" para os 2,4 milhões de habitantes da Faixa, privados de água, energia elétrica e combustíveis, afirmou na sexta-feira (20), em Rafah, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres.
Mais de 1,4 mil pessoas, a maioria civis, morreram - baleados, queimados vivos ou mutilados - no ataque sem precedentes do Hamas contra Israel executado em 7 de outubro, segundo as autoridades israelenses.
Ao menos 4,1 mil pessoas morreram na Faixa de Gaza nos bombardeios israelenses executados diariamente em represália, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.
Israel afirma que matou pelo menos 1,5 mil combatentes do grupo islamista na contraofensiva iniciada para recuperar o controle das zonas atacadas no sul do país.
Ao menos 17 funcionários da Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA) estão entre as vítimas fatais em Gaza, lamentou neste sábado o comissário-geral do organismo, Philippe Lazzarini.
"Até o momento confirmamos as mortes de 17 colegas nesta guerra brutal. Infelizmente, o número real provavelmente será maior", escreveu o Lazzarini em um comunicado. "Alguns morreram em suas casas quando dormiam com a família", acrescentou.
Reféns libertas
Correspondentes da AFP observaram que os primeiros 20 caminhões passaram pelo posto de Rafah, na fronteira entre Egito e Faixa de Gaza, e entraram no enclave palestino, cercado por Israel no âmbito da guerra contra o Hamas.
"Este primeiro comboio não deve ser o último", declarou o subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths.
Um total de 175 caminhões com ajuda humanitária aguardam há vários dias do lado egípcio a autorização para entrar na Faixa de Gaza, governada pelo movimento islamista palestino Hamas.
No 15º dia do conflito, os caminhões representam a "diferença entre a vida e a morte" para os 2,4 milhões de habitantes da Faixa, privados de água, energia elétrica e combustíveis, afirmou na sexta-feira (20), em Rafah, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres.
Mais de 1,4 mil pessoas, a maioria civis, morreram - baleados, queimados vivos ou mutilados - no ataque sem precedentes do Hamas contra Israel executado em 7 de outubro, segundo as autoridades israelenses.
Ao menos 4,1 mil pessoas morreram na Faixa de Gaza nos bombardeios israelenses executados diariamente em represália, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.
Israel afirma que matou pelo menos 1,5 mil combatentes do grupo islamista na contraofensiva iniciada para recuperar o controle das zonas atacadas no sul do país.
Ao menos 17 funcionários da Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA) estão entre as vítimas fatais em Gaza, lamentou neste sábado o comissário-geral do organismo, Philippe Lazzarini.
"Até o momento confirmamos as mortes de 17 colegas nesta guerra brutal. Infelizmente, o número real provavelmente será maior", escreveu o Lazzarini em um comunicado. "Alguns morreram em suas casas quando dormiam com a família", acrescentou.
Reféns libertas
Na sexta-feira, o Hamas libertou as duas primeiras reféns, a americana Judith Raanan e sua filha Natalie, após a mediação do Catar. Pelo menos 200 pessoas continuam sequestradas pelo movimento palestino.
Os esforços diplomáticos para evitar uma escalada regional são cada vez mais intensos. O Egito, potência no Oriente Médio e primeiro país árabe a normalizar as relações com Israel, recebe neste sábado no Cairo uma "cúpula da paz".
"Devemos atuar agora para acabar com este pesadelo", afirmou no início do encontro o secretário-geral da ONU, António Guterres, antes de apresentar um apelo para um "cessar-fogo humanitário".
"Os habitantes da Faixa de Gaza precisam de muito mais, uma entrega massiva de ajuda é necessária", acrescentou Guterres.
O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, também estão no Cairo, assim como o rei da Jordânia, Abullah II, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, e vários ministros das Relações Exteriores, incluindo o brasileiro Mauro Vieira. Nenhum representante do governo americano, no entanto, participa na cúpula do Cairo.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que anunciou na quarta-feira o acordo para permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza, afirmou na sexta-feira que o Hamas provocou a guerra para prejudicar o processo de aproximação de Israel com a Arábia Saudita.
Após as grandes manifestações de apoio aos palestinos em países árabes e muçulmanos, Israel recomendou neste sábado a seus cidadãos no Egito e na Jordânia que abandonem estes territórios.
Segunda Nakba
Os esforços diplomáticos para evitar uma escalada regional são cada vez mais intensos. O Egito, potência no Oriente Médio e primeiro país árabe a normalizar as relações com Israel, recebe neste sábado no Cairo uma "cúpula da paz".
"Devemos atuar agora para acabar com este pesadelo", afirmou no início do encontro o secretário-geral da ONU, António Guterres, antes de apresentar um apelo para um "cessar-fogo humanitário".
"Os habitantes da Faixa de Gaza precisam de muito mais, uma entrega massiva de ajuda é necessária", acrescentou Guterres.
O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, também estão no Cairo, assim como o rei da Jordânia, Abullah II, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, e vários ministros das Relações Exteriores, incluindo o brasileiro Mauro Vieira. Nenhum representante do governo americano, no entanto, participa na cúpula do Cairo.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que anunciou na quarta-feira o acordo para permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza, afirmou na sexta-feira que o Hamas provocou a guerra para prejudicar o processo de aproximação de Israel com a Arábia Saudita.
Após as grandes manifestações de apoio aos palestinos em países árabes e muçulmanos, Israel recomendou neste sábado a seus cidadãos no Egito e na Jordânia que abandonem estes territórios.
Segunda Nakba
A tensão também é elevada na Cisjordânia ocupada, onde mais uma pessoa morreu durante a noite em confrontos com o Exército israelense perto de Jericó. Ao menos 84 palestinos faleceram desde o início da guerra na Cisjordânia, segundo o Ministério palestino da Saúde.
As tropas israelenses continuam concentradas ao redor de Gaza em preparação para uma ofensiva terrestre. O ministro da Defesa, Yoav Gallant, esboçou um roteiro das operações na sexta-feira.
Depois da "campanha militar" de ataques aéreos e das "manobras para neutralizar os terroristas e as infraestruturas do Hamas", haverá "operações de baixa intensidade para eliminar os últimos focos de resistência", disse.
Entre os possíveis cenários, Israel considera "entregar as chaves" da Faixa de Gaza a um terceiro país, como o Egito, informou à AFP uma fonte do Ministério das Relações Exteriores.
"Tenho medo (...) de que isto provoque uma segunda Nakba" (catástrofe em árabe), afirmou, em Gaza, Omar Ashur, general da reserva, em referência à expulsão de quase 760.000 palestinos após a criação do Estado de Israel em 1948.
Ao menos um milhão de moradores de Gaza foram deslocados dentro do território, segundo a ONU.
"Tudo desapareceu (...) Mas não abandonaremos a nossa terra", disse Rami Abu Wazna entre os escombros da cidade de Al Zahra, na Faixa de Gaza.
O governo dos Estados Unidos mobilizou dois porta-aviões no Mediterrâneo leste para dissuadir possíveis ações do Irã ou do Hezbollah libanês, ambos aliados do Hamas.
Na madrugada de sábado (21), o Exército israelense anunciou que atacou alvos do Hezbollah no sul do Líbano em resposta aos disparos de foguetes contra seu território. A rádio militar informou que um soldado israelense morreu na sexta-feira em um tiroteio na fronteira libanesa.
As tropas israelenses continuam concentradas ao redor de Gaza em preparação para uma ofensiva terrestre. O ministro da Defesa, Yoav Gallant, esboçou um roteiro das operações na sexta-feira.
Depois da "campanha militar" de ataques aéreos e das "manobras para neutralizar os terroristas e as infraestruturas do Hamas", haverá "operações de baixa intensidade para eliminar os últimos focos de resistência", disse.
Entre os possíveis cenários, Israel considera "entregar as chaves" da Faixa de Gaza a um terceiro país, como o Egito, informou à AFP uma fonte do Ministério das Relações Exteriores.
"Tenho medo (...) de que isto provoque uma segunda Nakba" (catástrofe em árabe), afirmou, em Gaza, Omar Ashur, general da reserva, em referência à expulsão de quase 760.000 palestinos após a criação do Estado de Israel em 1948.
Ao menos um milhão de moradores de Gaza foram deslocados dentro do território, segundo a ONU.
"Tudo desapareceu (...) Mas não abandonaremos a nossa terra", disse Rami Abu Wazna entre os escombros da cidade de Al Zahra, na Faixa de Gaza.
O governo dos Estados Unidos mobilizou dois porta-aviões no Mediterrâneo leste para dissuadir possíveis ações do Irã ou do Hezbollah libanês, ambos aliados do Hamas.
Na madrugada de sábado (21), o Exército israelense anunciou que atacou alvos do Hezbollah no sul do Líbano em resposta aos disparos de foguetes contra seu território. A rádio militar informou que um soldado israelense morreu na sexta-feira em um tiroteio na fronteira libanesa.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.