Reunião do Conselho de Segurança da ONUAFP
Publicado 02/11/2023 15:41
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Especialistas das Nações Unidas, entre eles a relatora especial sobre a situação dos direitos humanos nos territórios palestinos ocupados, alertaram, nesta quinta-feira (2), que os palestinos enfrentam um "grave risco de genocídio" em Gaza, em plena guerra entre Israel e Hamas.
"Estamos convencidos de que o povo palestino enfrenta um grave risco de genocídio", escreveram os especialistas independentes, que fazem relatórios a pedido do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, embora suas conclusões não sejam publicadas em nome da ONU.
"Agora é o momento de agir. Os aliados de Israel também têm uma responsabilidade e devem agir agora para impedir este caminho desastroso", acrescentaram.
Os especialistas expressaram seu "horror crescente" com os bombardeios israelenses no campo de refugiados de Jabaliya, que caracterizaram como uma "violação flagrante do direito internacional".
O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos afirmou, na quarta-feira, que estes bombardeios no maior campo de refugiados da Faixa de Gaza poderiam "constituir crimes de guerra".
Os especialistas também pediram a libertação imediata "de todos os civis cativos" desde o ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro.
"Todas as partes devem respeitar suas obrigações na aplicação do direito humanitário internacional e dos direitos humanos", destacaram.
"Exigimos um cessar-fogo humanitário para garantir que a ajuda chegue a quem mais precisa. Um cessar-fogo significa, além do mais, a possibilidade de abrir canais de comunicação para garantir a libertação dos reféns", acrescentaram.
A guerra começou em 7 de outubro, após a incursão de comandos do Hamas que, segundo Israel, mataram mais de 1.400 pessoas no sul do país, a maioria civis, e sequestraram cerca de 240, levadas como reféns para Gaza.
Em represália, Israel lançou uma campanha de bombardeios incessantes, reforçados com incursões terrestres desde a sexta-feira passada que, segundo o Hamas, deixaram mais de 9.000 mortos, entre eles 3.760 crianças.
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