MInistro do Patrimônio, Amichay EliyahuReprodução
Publicado 05/11/2023 15:39
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Um ministro de extrema direita israelense foi sancionado neste domingo, 5, pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu após afirmar que era "uma opção" utilizar uma bomba nuclear na Faixa de Gaza, em sua guerra contra o grupo islamita palestino Hamas.
O ministro do Patrimônio, Amichay Eliyahu, disse em uma entrevista de rádio que não estava totalmente satisfeito com o alcance das retaliações israelenses no território palestino, após o brutal ataque do Hamas em 7 de outubro.
Quando questionado pelo jornalista se a solução seria "uma espécie de bomba nuclear" em toda a Faixa de Gaza para "matar todo mundo", o ministro respondeu: "é uma opção".
E quando o jornalista apontou que isso implicaria um alto preço para Israel, Eliyahu deu a entender que estava disposto a colocar em perigo a vida dos mais de 240 reféns mantidos pelo Hamas no território.
"Numa guerra, um preço tem de ser pago. Porque é que as vidas dos reféns (...) são mais importantes do que as dos nossos soldados?", disse ele.
A equipe de Netanyahu reagiu rapidamente e denunciou as declarações como "desconectadas da realidade". O Exército israelense faz todo o possível para evitar atacar "não combatentes" em Gaza, acrescentou.
Netanyahu suspendeu a participação do ministro nas reuniões do governo "até segunda ordem".
Após o escândalo causado por seus comentários, Eliyahu afirmou em uma mensagem no X (ex-Twitter) que sua "declaração sobre a arma atômica era metafórica".
Segundo o último balanço do Hamas, mais de 9.700 pessoas, incluindo 4.800 menores, morreram na Faixa de Gaza em bombardeios israelenses, em resposta ao ataque do Hamas em Israel.
Na incursão dos combatentes islamitas, pelo menos 1.400 pessoas morreram em solo israelense, a maioria civis, e cerca de 240 foram sequestradas.
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