Sede da ONU em Genebra, na Suíça: apelo por cessar-fogoJuan Seguí Moreno/Flickr
Publicado 06/11/2023 07:30
Publicidade
Os diretores das principais agências da ONU divulgaram uma rara declaração conjunta, neste domingo (5), na qual expressam indignação com o número de civis mortos em Gaza e pedem um "cessar-fogo humanitário imediato" na guerra entre Israel e o grupo islamista Hamas.

"Durante quase um mês, o mundo tem observado o desenrolar da situação em Israel e no Território Palestino Ocupado com choque e horror com o número crescente de vidas perdidas e dilaceradas", afirmam no texto.

Os diretores de 18 organizações, incluindo o Unicef, o Programa Mundial de Alimentos e a Organização Mundial da Saúde, citam o elevado número de vítimas nos dois lados desde o ataque do Hamas em território israelense em 7 de outubro, que deixou quase 1.400 mortos, a maioria civis, segundo as autoridades de Israel.

Desde então, as forças de segurança de Israel responderam com bombardeios incessantes e incursões terrestres que mataram mais de 9.700 pessoas, também em sua maioria civis, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

Em Gaza, "uma população inteira está sitiada e sob ataque, com acesso negado ao essencial para sobreviver, bombardeada em suas casas, refúgios, hospitais e locais de culto. Isto é inaceitável", afirma o texto.

A declaração conjunta exige que o Hamas liberte os mais de 240 reféns que sequestrou no ataque e pede que as duas partes respeitem suas obrigações de acordo com o direito internacional enquanto a guerra prossegue.

Os diretores da ONU afirmaram que mais alimentos, água, medicamentos e combustível devem ser autorizados a entrar em Gaza para ajudar a população sitiada, enquanto Israel ataca a área com o objetivo declarado de destruir o Hamas.

"Precisamos de um cessar-fogo humanitário imediato. Já passaram 30 dias. É suficiente. Isto deve parar agora", afirma o comunicado.
A região da Faixa de Gaza é bombardeada por Israel há quase um mês em reposta ao ataque terrorista protagonizado pelo grupo Hamas, em 7 de outubro.
Publicidade
Leia mais