António Costa durante o pedido de renúncia nesta terça-feira, 7Patricia de Melo Moreira/AFP
Publicado 07/11/2023 12:17 | Atualizado 07/11/2023 12:36
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Atingido por um escândalo de corrupção em seu governo, o primeiro-ministro português, o socialista António Costa, anunciou nesta terça-feira, 7, que apresentou sua demissão ao presidente Marcelo Rebelo de Sousa. O pedido foi aceito pelo chefe de Estado português. 
"As funções de primeiro-ministro não são compatíveis com qualquer suspeita da minha integridade. Nestas circunstâncias, apresentei minha demissão ao presidente da República", que terá agora de aceitá-la formalmente, declarou à imprensa.
António Costa deixa o cargo após virar alvo de inquérito do Supremo Tribunal de Justiça e ter a residência revistada. Junto aos ministro de Infraestruturas e Meio Ambiente, respectivamente, João Galamba e Duarte Cordeiro, o presidente do Conselho Diretivo da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuna Lacasta, e o chefe de Gabinete, Vítor Escária, o ex-primeiro-ministro é investigado por supostas irregularidades em projetos de mineração de lítio e hidrogênio no país.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República, o quinteto é acusado de crimes de prevaricação, corrupção ativa e passiva e tráfico de influência. 
“O Ministério Público procedeu ainda à constituição como arguidos de outros suspeitos da prática de factos investigados nos autos, designadamente do Ministro das Infraestruturas e do Presidente do Conselho Diretivo da Agência Portuguesa do Ambiente”, indica uma nota da PGR.
A justiça portuguesa investiga as concessões de exploração de lítio nas minas do Romano (Montalegre) e do Barroso (Boticas), um projeto de central de produção de energia de hidrogénio em Sines (cidade portuguesa do distrito de Setúba) e a proposta de construção de “data center” desenvolvido na Zona Industrial e Logística de Sines pela sociedade Start Campus.
*Com informações da AFP
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