Desde que Musk comprou o Twitter, a plataforma afrouxou suas regras sobre desinformaçãoDivulgação
Publicado 17/11/2023 13:31
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A Comissão Europeia pediu às suas pastas que suspendam suas campanhas publicitárias na rede social X (antigo Twitter) devido ao "aumento alarmante da desinformação e dos discursos de ódio", indicou um porta-voz nesta sexta-feira, 17.
"Por enquanto, recomendamos aos serviços que se abstenham de fazer campanhas publicitárias" na plataforma, propriedade do bilionário Elon Musk, acrescentou.
A decisão não questiona a presença das pastas da Comissão Europeia no X, apontou o porta-voz Johannes Bahrke.
Desde que Musk comprou o Twitter no final de outubro de 2022, antes de mudar seu nome, a plataforma afrouxou suas regras sobre desinformação, reduziu suas equipes de moderação de conteúdos e permitiu o retorno de inúmeras personalidades polêmicas.
Em outubro, o braço executivo da UE abriu uma investigação contra essa rede social pela suposta difusão de "informações falsas", "conteúdos violentos e de caráter terrorista" e "discursos de ódio" no contexto da guerra entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas.
Isso faz parte da aplicação da nova legislação sobre serviços digitais (DSA, na sigla em inglês), que impõe obrigações mais estritas às plataformas.
A instrução de suspender toda publicidade no X por parte da Comissão deve-se também a uma polêmica em torno de uma campanha realizada em setembro nessa rede social pelos serviços da comissária europeia de Assuntos de Interior, Ylva Johansson, para promover um projeto de lei.
Essa campanha é acusada de utilizar técnicas de microtargeting baseadas nas opiniões políticas e religiosas das pessoas afetadas, em violação às normas europeias sobre dados pessoais.
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