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Publicado 18/11/2023 07:19
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Os Estados Unidos deportaram mais de 380 mil migrantes que entraram no país "ilegalmente ou sem autorização" nos últimos seis meses, um número "recorde", anunciou um funcionário do Departamento de Segurança Interna (DHS) nesta sexta-feira (17).
Em maio, o governo do presidente democrata Joe Biden viu expirar uma norma sanitária que permitia bloquear na fronteira quase todos os migrantes que chegavam sem a documentação necessária.
Para compensar, foram introduzidas "vias legais" que obrigam os migrantes a marcar uma consulta através de um aplicativo de celular (CBP One) ou a realizar os trâmites nos países por onde passam, por exemplo, recorrendo a permissões humanitárias e de reunificação familiar.
Aqueles que tentam entrar no país contornando essas vias podem ser expulsos por meio de repatriações aceleradas.
De acordo com o DHS, nos últimos seis meses, as autoridades realizaram a expulsão ou retorno de mais de 380 mil pessoas, incluindo mais de 60 mil membros de famílias.
"Isso representa um recorde no período sobre o qual estamos falando", afirmou nesta sexta-feira o subsecretário de política de fronteira e imigração do DHS, Blas Núñez-Neto, em uma coletiva de imprensa.
Os voos de expulsão tiveram como destino o Equador, Índia, Peru, Venezuela e América Central.
As autoridades americanas afirmam que submetem os migrantes às chamadas "entrevistas de medo crível" para avaliar se existe a possibilidade de serem perseguidos ou torturados se voltarem ao seu país e que, além disso, aqueles designados para procedimentos de expulsão podem apresentar reivindicações de proteção nos tribunais de imigração.
Biden, candidato à reeleição em 2024, é alvo de críticas dos republicanos, que o acusam de uma crise migratória na fronteira com o México e da entrada massiva de migrantes no país.
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