Millei foi eleito presidente da Argentina no domingo, 19Luis ROBAYO / AFP
Publicado 20/11/2023 07:48
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O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, parabenizou, no domingo, 19, o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, pela vitória no segundo turno do pleito e disse que espera trabalhar com ele "nas prioridades compartilhadas".

Em nota, Blinken elogiou a "forte participação e o desenvolvimento pacífico da votação", um "testemunho", disse, "das instituições eleitorais e democráticas da Argentina".

Na rede social X (antigo Twitter), Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional do presidente Joe Biden, somou-se aos cumprimentos.

"Esperamos seguir construindo nossa sólida relação bilateral, baseada em nosso compromisso compartilhado com os direitos humanos, os valores democráticos e a transparência", afirmou Sullivan, que cumprimentou os argentinos por "celebrar eleições livres e justas".
Luta por influência com a China na América do Sul

Milei, um economista de 53 anos, prometeu durante a campanha que suas referências na política externa serão "Estados Unidos, Israel e o mundo livre", uma boa notícia para Washington, que busca contrabalançar a influência da China na região.

"Nós não fazemos pactos com comunistas", disse em mais de uma oportunidade Milei, que se define como anarco-capitalista.

No entanto, o rumo que as relações diplomáticas vão seguir com este "outsider" é uma incógnita. Nos Estados Unidos, Milei tem predileção pelos republicanos e em particular pelo ex-presidente Donald Trump. De fato, não se incomoda em ser comparado com ele.

Trump, provável adversário de Biden nas eleições presidenciais de 2024 nos Estados Unidos, se antecipou em parabenizá-lo.

"Estou muito orgulhoso de você. Vai mudar por completo o seu país e vai fazer com que a Argentina volte a ser grande", escreveu em uma mensagem em sua plataforma, Truth Social.

Milei obteve 55% dos votos contra 44% do ministro da Economia, o peronista de centro Sergio Massa, segundo resultados parciais oficiais. Com uma inflação de 143% ao ano e 40% da população vivendo na pobreza, os argentinos preferiram as promessas de mudança de Milei.
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