Casa em Jibbain, no sul do Líbano, destruída após bombardeio israelense na segunda-feira, 20AFP
Publicado 21/11/2023 09:23 | Atualizado 21/11/2023 09:23
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Quatro civis, incluindo dois jornalistas, morreram nesta terça-feira, 21, no sul do Líbano em ataques israelenses, informaram a agência oficial libanesa de notícias Ani e o canal Al Mayadeen, para o qual trabalhavam os repórteres.
Em um primeiro momento, a agência Ani informou que uma mulher de 80 anos morreu e sua neta ficou ferida em um ataque da "aviação inimiga" na localidade de Kfar Kila. A menina de sete anos foi hospitalizada na cidade de Marjayun e está em condição crítica, informou uma fonte médica.
Alguns minutos depois, a Ani informou as mortes de dois jornalistas e de outro civil na região de Tair Harfa, em "um bombardeio inimigo". O canal de televisão libanês pró-Irã Mayadeen informou as mortes do repórter Farah Omar e do repórter cinematográfico Rabih Maamari "em um ataque israelense".
A equipe do Al Mayadeen foi "deliberadamente atacada, não foi ao acaso", afirmou o presidente do canal, Ghassan Ben Jeddo. Ele informou que o civil que morreu ao lado dos jornalistas era um "colaborador" da emissora, sem revelar detalhes.
Ben Jeddo disse ainda que o incidente aconteceu depois que o governo de Israel decidiu bloquear o site da emissora.
Diversos jornalistas feridos
Em 13 de outubro, um jornalista da agência Reuters, Issam Abdallah, morreu em um bombardeio similar, no qual outros seis profissionais da imprensa - dois da AFP, dois da Reuters e outros dois do canal Al Jazeera - ficaram feridos.
Um mês depois, um cinegrafista da Al Jazeera foi ferido por tiros israelenses, quando participava na cobertura dos bombardeios com outros correspondentes no sul do Líbano.
92 mortos no Líbano
Desde o início da guerra entre o movimento palestino Hamas e Israel, em 7 de outubro, os confrontos entre o Exército israelense e o movimento libanês pró-Irã Hezbollah são quase diários, embora limitados à zona de fronteira.
Os combates deixaram ao menos 92 mortos no Líbano, a maioria combatentes do Hezbollah, mas também 14 civis, segundo um balanço da AFP. Nove pessoas morreram do lado israelense, incluindo seis militares, segundo as autoridades locais.
 
 
 
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