Publicado 27/11/2023 08:40
O presidente eleito da Argentina, o ultraliberal Javier Milei, convidou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para sua posse, após tensões entre os dois líderes, segundo informou o Itamaraty neste domingo (26).
Diana Mondino, indicada por Milei para ser sua futura chanceler, reuniu-se em Brasília com o ministro das Relações Exteriores de Lula, Mauro Vieira, informou o Itamaraty na rede X, antigo Twitter.
Mondino, que também é deputada eleita, "entregou convite do presidente eleito Javier Milei para que o presidente Lula participe da sua posse", acrescentou o Itamaraty.
Durante a campanha eleitoral argentina, Milei havia declarado que, se chegasse à presidência, não se reuniria com o petista, a quem chamou de "corrupto" e "comunista".
No entanto, Milei, que venceu as eleições presidenciais argentinas há uma semana, enviou a Lula uma saudação "com estima e respeito" e o convidou para sua cerimônia de posse em 10 de dezembro, conforme a carta, publicada pela imprensa neste domingo.
No documento de uma página, Milei expressou seu desejo de que Argentina e Brasil, grandes parceiros comerciais, continuem "compartilhando áreas de complementaridade". E espera que ele e Lula compartilhem "uma etapa de trabalho frutífero e de construção de laços".
Mas o ultraliberal antissistema, que promete modificações estruturais em seu governo, também apontou que "mudanças econômicas, sociais e culturais, baseadas nos princípios da liberdade" posicionarão ambos "como países competitivos, onde seus cidadãos poderão desempenhar ao máximo suas capacidades e, assim, escolher o futuro que desejem".
Diana Mondino, indicada por Milei para ser sua futura chanceler, reuniu-se em Brasília com o ministro das Relações Exteriores de Lula, Mauro Vieira, informou o Itamaraty na rede X, antigo Twitter.
Mondino, que também é deputada eleita, "entregou convite do presidente eleito Javier Milei para que o presidente Lula participe da sua posse", acrescentou o Itamaraty.
Durante a campanha eleitoral argentina, Milei havia declarado que, se chegasse à presidência, não se reuniria com o petista, a quem chamou de "corrupto" e "comunista".
No entanto, Milei, que venceu as eleições presidenciais argentinas há uma semana, enviou a Lula uma saudação "com estima e respeito" e o convidou para sua cerimônia de posse em 10 de dezembro, conforme a carta, publicada pela imprensa neste domingo.
No documento de uma página, Milei expressou seu desejo de que Argentina e Brasil, grandes parceiros comerciais, continuem "compartilhando áreas de complementaridade". E espera que ele e Lula compartilhem "uma etapa de trabalho frutífero e de construção de laços".
Mas o ultraliberal antissistema, que promete modificações estruturais em seu governo, também apontou que "mudanças econômicas, sociais e culturais, baseadas nos princípios da liberdade" posicionarão ambos "como países competitivos, onde seus cidadãos poderão desempenhar ao máximo suas capacidades e, assim, escolher o futuro que desejem".
Críticas a Lula
Questionada sobre os duros comentários de Milei contra Lula durante a campanha, Mondino disse a jornalistas após a reunião que "uma coisa é a crítica à ideologia e outra à pessoa". E esclareceu: "a parceria" entre os dois países "continuará da melhor forma e o mais rápido possível".
Vieira também pareceu concordar em virar a página, ao afirmar que "o que foi discutido durante a campanha é uma coisa e o que acontece durante o governo é outra".
Mondino enfatizou a "importância de assinar o mais rápido possível" o acordo entre a União Europeia e o Mercosul, o bloco sul-americano do qual Milei ameaçou retirar a Argentina.
Sem conversa por telefone
Vieira também pareceu concordar em virar a página, ao afirmar que "o que foi discutido durante a campanha é uma coisa e o que acontece durante o governo é outra".
Mondino enfatizou a "importância de assinar o mais rápido possível" o acordo entre a União Europeia e o Mercosul, o bloco sul-americano do qual Milei ameaçou retirar a Argentina.
Sem conversa por telefone
No entanto, uma visita de Lula à cerimônia de posse na Argentina não está garantida, disse Mauro Vieira, que observou que o presidente ainda não leu a carta de Milei, e os dois líderes não conversaram por telefone.
Uma fonte do Planalto havia dito na segunda-feira que Lula não comparecerá à posse do novo governo argentino, e o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, afirmou que Milei deveria primeiro pedir desculpas para abrir um diálogo entre os dois líderes.
O ex-presidente Jair Bolsonaro estará presente na cerimônia. Ele afirmou que, com a vitória do argentino, "a esperança volta a brilhar na América do Sul".
Uma fonte do Planalto havia dito na segunda-feira que Lula não comparecerá à posse do novo governo argentino, e o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, afirmou que Milei deveria primeiro pedir desculpas para abrir um diálogo entre os dois líderes.
O ex-presidente Jair Bolsonaro estará presente na cerimônia. Ele afirmou que, com a vitória do argentino, "a esperança volta a brilhar na América do Sul".
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