Publicado 02/12/2023 11:40 | Atualizado 02/12/2023 11:41
O governo dos Estados Unidos declarou neste sábado, 2, apoio ao Plano de Transformação Ecológica (PTE) do Brasil e a intenção de trabalhar conjuntamente com o país na pauta da mudança climática. Um comunicado oficial conjunto do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do enviado do presidente Joe Biden para questões de clima, John Kerry, informa que serão criados grupos de trabalho com a primeira reunião programada para fevereiro do ano que vem, antes da Reunião Ministerial das Finanças do G20.
O comunicado informa que o plano dos dois governos é trabalhar conjuntamente na implementação do PTE e gerar um fluxo de recursos privados, filantrópicos e governamentais para o plano brasileiro. O texto também informa a disposição de articular iniciativas na área de tecnologia, inclusive em inteligência artificial, para acelerar, por exemplo, a "implementação de sistemas de monitoramento florestal".
O comunicado informa que o plano dos dois governos é trabalhar conjuntamente na implementação do PTE e gerar um fluxo de recursos privados, filantrópicos e governamentais para o plano brasileiro. O texto também informa a disposição de articular iniciativas na área de tecnologia, inclusive em inteligência artificial, para acelerar, por exemplo, a "implementação de sistemas de monitoramento florestal".
Haddad reuniu-se com Kerry no pavilhão do Brasil na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP28), que ocorre em Dubai (Emirados Árabes Unidos). "Recebi o senhor Kerry com satisfação sobretudo pelo apoio dos EUA ao Plano de Transformação Ecológica", disse o ministro da Fazenda.
O ex-prefeito de SP manifestou ao enviado americano o desejo de os Estados Unidos estimularem a aproximação das empresas americanas com as brasileiras na "produção do que é necessário para produzir energias renováveis no Brasil". A ideia é que a cooperação entre companhias americanas e brasileiras torne o Brasil mais independente de componentes estrangeiros necessários na energia solar, eólica e de hidrogênio verde.
Ambos reconhecem que a corporação americana International Development Finance Corporations (DFC) têm objetivos comuns com as prioridades de investimento do Brasil. O comunicado menciona ainda outros esforços bilaterais como, por exemplo, o Climate Change Working Group, relançado por Biden e Lula em fevereiro deste ano.
Ambos reconhecem que a corporação americana International Development Finance Corporations (DFC) têm objetivos comuns com as prioridades de investimento do Brasil. O comunicado menciona ainda outros esforços bilaterais como, por exemplo, o Climate Change Working Group, relançado por Biden e Lula em fevereiro deste ano.
Kerry discorda de afirmação sobre "Plano Marshall ao contrário"
O enviado do presidente dos EUA, Joe Biden, para questões de clima, John Kerry, discorda que a lei climática do país reduz a competitividade de economias emergentes, como o Brasil. Kerry participou de breve entrevista coletiva à imprensa brasileira nesta tarde (horário em Dubai), depois de reunir-se com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. "Realmente não acredito nisso", disse Kerry.
Mais cedo, durante um painel na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP28), o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou que a lei climática americana - chamado Inflation Reduction Act (IRA) - retira a competitividade de empresas de economias emergentes.
Mercadante disse que o IRA é um "Plano Marshall ao contrário". A lei climática americana oferece incentivos fiscais para a produção nos Estados Unidos de painéis solares, veículos elétricos e outros produtos de energia renovável feitos com metais extraídos nos Estados Unidos ou países com acordos de livre comércio com os EUA.
"O que as pessoas estão dizendo é que o IRA está criando um novo marketplace, encorajando empresas em qualquer país a investir", disse o enviado especial do presidente Biden. Kerry argumentou que a lei também encoraja outros países a fazer o mesmo que os EUA fizeram. "Tudo o que fizemos foi dar incentivo fisca para as empresas com agenda verde que decidirem aproveitar", afirmou.
Mais cedo, durante um painel na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP28), o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou que a lei climática americana - chamado Inflation Reduction Act (IRA) - retira a competitividade de empresas de economias emergentes.
Mercadante disse que o IRA é um "Plano Marshall ao contrário". A lei climática americana oferece incentivos fiscais para a produção nos Estados Unidos de painéis solares, veículos elétricos e outros produtos de energia renovável feitos com metais extraídos nos Estados Unidos ou países com acordos de livre comércio com os EUA.
"O que as pessoas estão dizendo é que o IRA está criando um novo marketplace, encorajando empresas em qualquer país a investir", disse o enviado especial do presidente Biden. Kerry argumentou que a lei também encoraja outros países a fazer o mesmo que os EUA fizeram. "Tudo o que fizemos foi dar incentivo fisca para as empresas com agenda verde que decidirem aproveitar", afirmou.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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