Publicado 06/12/2023 11:29 | Atualizado 06/12/2023 11:29
Depois de alguns anos afetadas pela pandemia, as companhias aéreas esperam transportar em 2024 um "recorde histórico" de 4,7 bilhões de passageiros no mundo, superando os 4,54 bilhões de 2019, antes da crise de saúde.
A partir de 2023, as companhias aéreas superaram os efeitos da covid-19 em suas contas e saíram do vermelho, com ganhos líquidos acumulados em 23,3 bilhões de dólares (115 bilhões de reais), segundo a Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA). Em 2024, devem "estabilizar-se" em cerca de 25,7 bilhões de dólares (127 bilhões de reais).
Em relação ao faturamento, o setor deve alcançar um nível sem precedentes de 964 bilhões de dólares (4,73 trilhões de reais), acima dos 896 bilhões (4,43 trilhões de reais) estimados para 2023 e os 838 bilhões (3,37 trilhões de reais na época) registrados em 2019.
Mas o panorama é diferente de acordo com a região: os lucros das companhias dos Estados Unidos, Europa e Oriente Médio ficarão estáveis em 2024.
Em déficit em 2023, as companhias da Ásia-Pacífico também sairão do vermelho em 2024, segundo a IATA, que prevê que as africanas e sul-americanas continuarão em déficit por mais um ano.
As companhias aéreas estão entre os setores econômicos mais afetados pela crise sanitária, devido ao fechamento de fronteiras e restrições de mobilidade. Entre 2020 e 2022 acumularam perdas de cerca de 183 bilhões de dólares (906 bilhões de reais).
"Dadas as perdas massivas dos últimos anos", os lucros esperados em 2024 "ilustram a resistência do setor aéreo", afirmou o diretor-geral da IATA, Willie Walsh, que celebrou "o ritmo extraordinário da recuperação".
No entanto, "parece que a pandemia custou ao setor quatro anos de crescimento", apontou Walsh à imprensa na sede da organização em Genebra (Suíça).
Normalização
A partir de 2023, as companhias aéreas superaram os efeitos da covid-19 em suas contas e saíram do vermelho, com ganhos líquidos acumulados em 23,3 bilhões de dólares (115 bilhões de reais), segundo a Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA). Em 2024, devem "estabilizar-se" em cerca de 25,7 bilhões de dólares (127 bilhões de reais).
Em relação ao faturamento, o setor deve alcançar um nível sem precedentes de 964 bilhões de dólares (4,73 trilhões de reais), acima dos 896 bilhões (4,43 trilhões de reais) estimados para 2023 e os 838 bilhões (3,37 trilhões de reais na época) registrados em 2019.
Mas o panorama é diferente de acordo com a região: os lucros das companhias dos Estados Unidos, Europa e Oriente Médio ficarão estáveis em 2024.
Em déficit em 2023, as companhias da Ásia-Pacífico também sairão do vermelho em 2024, segundo a IATA, que prevê que as africanas e sul-americanas continuarão em déficit por mais um ano.
As companhias aéreas estão entre os setores econômicos mais afetados pela crise sanitária, devido ao fechamento de fronteiras e restrições de mobilidade. Entre 2020 e 2022 acumularam perdas de cerca de 183 bilhões de dólares (906 bilhões de reais).
"Dadas as perdas massivas dos últimos anos", os lucros esperados em 2024 "ilustram a resistência do setor aéreo", afirmou o diretor-geral da IATA, Willie Walsh, que celebrou "o ritmo extraordinário da recuperação".
No entanto, "parece que a pandemia custou ao setor quatro anos de crescimento", apontou Walsh à imprensa na sede da organização em Genebra (Suíça).
Normalização
"A partir de 2024, as previsões mostram que podemos esperar trajetórias de crescimento mais normais, tanto em relação aos passageiros quanto às cargas", segundo o diretor-geral.
O transporte de mercadorias perdeu rentabilidade. Seu faturamento deve alcançar 111 bilhões de dólares (549 bilhões de reais) em 2024, contra 210 bilhões em 2021 (1,17 trilhão de dólares na cotação da época), ainda acima dos 101 bilhões em 2019 (407 bilhões de reais na cotação da época).
Em transporte de passageiros, a forte recuperação de 2023 levou a uma alta dos preços das passagens, já que a demanda por viagens foi superior à capacidade das companhias, afetadas por entregas atrasadas de aeronaves e outras dificuldades operacionais.
A tendência deve perder força em 2024, mas sem chegar a se inverter, afirma a IATA. As taxas de ocupação dos aviões já voltaram aos níveis pré-pandemia. Porém, Walsh destacou que a rentabilidade do transporte aéreo é fraca em comparação a outros setores, com um lucro médio por passageiro de apenas 5,45 dólares (26 reais).
Seus custos seguirão inflacionados pelos preços dos combustíveis: em 2024, a conta da querosene deve ser de 281 bilhões de dólares (1,39 trilhão de reais), o que representa 31% das despesas operacionais.
O panorama da IATA se baseia no preço do barril a 113,8 dólares em 2024 (559 reais), quando em 2019 era de 79,7 dólares (321 dólares na cotação da época).
Segundo estas previsões, reveladas em plena cúpula climática da COP28, as companhias aéreas devem consumir 374 bilhões de litros de combustível em 2024, o que emitirá 939 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera.
O transporte aéreo representa menos de 3% das emissões globais de CO2, mas é frequentemente destacado porque só é utilizado por uma minoria da população mundial. O setor se comprometeu a chegar a "zero emissões líquidas" de CO2 até 2050.
O transporte de mercadorias perdeu rentabilidade. Seu faturamento deve alcançar 111 bilhões de dólares (549 bilhões de reais) em 2024, contra 210 bilhões em 2021 (1,17 trilhão de dólares na cotação da época), ainda acima dos 101 bilhões em 2019 (407 bilhões de reais na cotação da época).
Em transporte de passageiros, a forte recuperação de 2023 levou a uma alta dos preços das passagens, já que a demanda por viagens foi superior à capacidade das companhias, afetadas por entregas atrasadas de aeronaves e outras dificuldades operacionais.
A tendência deve perder força em 2024, mas sem chegar a se inverter, afirma a IATA. As taxas de ocupação dos aviões já voltaram aos níveis pré-pandemia. Porém, Walsh destacou que a rentabilidade do transporte aéreo é fraca em comparação a outros setores, com um lucro médio por passageiro de apenas 5,45 dólares (26 reais).
Seus custos seguirão inflacionados pelos preços dos combustíveis: em 2024, a conta da querosene deve ser de 281 bilhões de dólares (1,39 trilhão de reais), o que representa 31% das despesas operacionais.
O panorama da IATA se baseia no preço do barril a 113,8 dólares em 2024 (559 reais), quando em 2019 era de 79,7 dólares (321 dólares na cotação da época).
Segundo estas previsões, reveladas em plena cúpula climática da COP28, as companhias aéreas devem consumir 374 bilhões de litros de combustível em 2024, o que emitirá 939 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera.
O transporte aéreo representa menos de 3% das emissões globais de CO2, mas é frequentemente destacado porque só é utilizado por uma minoria da população mundial. O setor se comprometeu a chegar a "zero emissões líquidas" de CO2 até 2050.
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