Javier Milei tomou posse neste domingo (10)Luis Robayo/AFP
Publicado 11/12/2023 12:41
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A Argentina se mantém na expectativa, nesta segunda-feira (11), um dia antes do anúncio das primeiras medidas econômicas de austeridade e cortes dos gastos públicos por parte do presidente ultraliberal Javier Milei, como informou o porta-voz a Casa Rosada, Manuel Adorni.
As medidas "serão comunicadas nesta terça-feira pelo ministro da Economia, Luis Caputo", disse o porta-voz em sua primeira coletiva de imprensa na sede presidencial, após a posse de Milei, no domingo (10). Milei liderou, nesta segunda, sua primeira reunião de gabinete, após reduzir o número de ministérios de 18 para 9.
O Banco Central, cujo presidente ainda não tomou posse, anunciou que hoje o mercado cambial funcionará com a "regra de conformidade prévia a todas as operações de demanda", ou seja, com um mecanismo de operações autorizadas, transformando esta segunda em um virtual feriado bancário.
Um sistema de controle cambial está em vigor na Argentina desde 2019, com meia dúzia de taxas de câmbio diferentes.
Milei, um economista libertário de 53 anos, assumiu no domingo a presidência da Argentina com a promessa de dar um tratamento de choque à economia do país, em crise, com uma inflação anualizada de mais de 140% e uma pobreza de 40%.
A reorganização fiscal "será a prioridade do governo", disse Adorni, ressaltando que o país atravessa um "estado de emergência", devido à inflação.
"Gastar mais do que tem acabou. 'Não tem dinheiro' não é uma frase feita. O equilíbrio fiscal será rigorosamente respeitado", declarou Adorni. Milei disse que o corte de gastos será equivalente a 5% do Produto Interno Bruto (PIB).
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