Publicado 12/12/2023 09:59
O recém-empossado governo de Javier Milei na Argentina prepara um pacote econômico de emergência que busca "evitar a hiperinflação" e cujas primeiras medidas de austeridade serão anunciadas nesta terça-feira, 12, à tarde, disse o porta-voz presidencial Manuel Adorni.
"Estamos imersos em uma das crises mais profundas da história e também caminhamos para a hiperinflação. A decisão é evitá-la", disse o responsável em coletiva de imprensa na sede presidencial.
A Argentina está atolada em uma grave crise econômica, com uma inflação anualizada superior a 140% e uma taxa de pobreza que ultrapassa os 40%. Milei, economista ultraliberal, defende que o país precisa de um tratamento de choque e que o ajuste fiscal será equivalente a 5% do Produto Interno Bruto.
As primeiras medidas concretas serão anunciadas nesta terça-feira a partir das 17h00 locais (mesmo horário em Brasília), por meio de uma mensagem gravada do ministro da Economia, Luis Caputo, indicou o porta-voz.
"A inflação que vamos evitar certamente será muito mais devastadora que a hiperinflação dos anos de 1989 e 1990. Por isso a nossa preocupação e a urgência nas medidas", destacou Adorni.
Nas suas declarações, o porta-voz evitou referir-se às decisões que serão tomadas no mercado de moedas, sujeito a um regime de controle desde 2019 com uma dezena de taxas de câmbio diferentes. Ele reiterou, porém, que haverá uma redução significativa do tamanho do Estado.
O setor público na Argentina representa mais de 18% do emprego total, um dos percentuais mais elevados da América Latina, com quase 3,4 milhões de pessoas.
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