Caso aconteceu em Guayaquil, no sudoeste do paísReprodução
Publicado 12/12/2023 14:33
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Quatro crianças, entra elas um bebê de cinco meses, foram assassinadas dentro de sua casa em Guayquil, no Equador, quando homens armados entraram e abriram fogo contra a família, informaram as autoridades nesta terça-feira (12).
O Ministério Público abriu "uma investigação sobre o homicídio de 4 crianças" na noite de segunda-feira, conforme indica a sua conta na rede social X. Os menores baleados tinham cinco meses, três, cinco e sete anos e, segundo a polícia, não eram o alvo inicial do ataque.
Segundo a entidade investigadora, "seus pais ficaram feridos" no meio do ataque ocorrido dentro de uma casa localizada no setor Guasmo Sur, área empobrecida de Guayaquil (sudoeste) e dominada pelas gangues criminosas Los Lagartos e Mafia 18.
Guayaquil é uma das cidades mais violentas do Equador, onde gangues criminosas ligadas ao tráfico de drogas espalham o terror na disputa pelo controle do território para a passagem de drogas.
O general Víctor Herrera, comandante de Guayaquil e dos arredores de Durán e Samborondón, afirmou em entrevista coletiva que a mãe dos menores está hospitalizada com "prognóstico reservado".
Segundo o oficial superior da polícia, "o evento violento não era dirigido a essa família, mas sim a uma casa adjacente", onde os agentes uniformizados encontraram material "para realizar ataques com explosivos".
Os assassinos entraram na casa por volta das 21h, horário local (23h no horário de Brasília), e dispararam vários tiros, em um ataque que as autoridades disseram ter sido dirigido contra a gangue Los Lagartos.
Segundo o relatório semestral do Observatório Equatoriano do Crime Organizado, entre janeiro de 2019 e junho de 2022, os homicídios de jovens entre 15 e 19 anos aumentaram 500%. Ou seja, passou de 41 mortes para 246.
O documento registra ainda 61 mortes violentas de crianças de até 14 anos no primeiro semestre de 2023.
Os homicídios no Equador quadruplicaram entre 2018 e 2022, quando o país atingiu o recorde de 26 por 100 mil habitantes. Esse número pode subir este ano até 40 assassinatos por 100 mil pessoas, segundo especialistas.
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