Publicado 15/12/2023 07:32
Israel intensificou nesta sexta-feira (15) a ofensiva contra a Faixa de Gaza depois de advertir seu principal aliado, Estados Unidos, que a guerra para aniquilar o movimento islamista Hamas vai durar "mais do que vários meses".
O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse, no entanto, que o Exército israelense deve encontrar uma forma de reduzir a intensidade de seus bombardeios.
Ele fez estas declarações antes de se reunir, em Jerusalém, com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Também está prevista para breve uma visita a Israel do secretário americano da Defesa, Lloyd Austin.
Apesar dos indícios de impaciência dos Estados Unidos, seu principal aliado, Israel, intensificou seus bombardeios.
O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse, no entanto, que o Exército israelense deve encontrar uma forma de reduzir a intensidade de seus bombardeios.
Ele fez estas declarações antes de se reunir, em Jerusalém, com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Também está prevista para breve uma visita a Israel do secretário americano da Defesa, Lloyd Austin.
Apesar dos indícios de impaciência dos Estados Unidos, seu principal aliado, Israel, intensificou seus bombardeios.
Guerra
A guerra em Gaza teve início após os ataques de 7 de outubro do grupo islamista palestino Hamas contra Israel e já deixou mais de 20.000 mortos, segundo dados oficiais de Israel e do Hamas. A ofensiva do Hamas em Israel deixou cerca de 1.200 mortos, a maioria civis, segundo autoridades israelenses.
A retaliação israelense em Gaza deixou 18.787 mortos, a maioria mulheres e menores de idade, segundo o Ministério da Saúde deste território, controlado pelo Hamas.
O ministério informou na manhã de sexta-feira que dezenas de pessoas morreram ou ficaram feridas em bombardeios israelenses em Khan Yunis, no sul de Gaza. Além disso, testemunhas relataram várias mortes em ataques em Nuseirat, no centro de Gaza.
Apesar do elevado número de civis mortos, as autoridades israelenses querem prosseguir com sua resposta militar.
A retaliação israelense em Gaza deixou 18.787 mortos, a maioria mulheres e menores de idade, segundo o Ministério da Saúde deste território, controlado pelo Hamas.
O ministério informou na manhã de sexta-feira que dezenas de pessoas morreram ou ficaram feridas em bombardeios israelenses em Khan Yunis, no sul de Gaza. Além disso, testemunhas relataram várias mortes em ataques em Nuseirat, no centro de Gaza.
Apesar do elevado número de civis mortos, as autoridades israelenses querem prosseguir com sua resposta militar.
Autonomia de Gaza
"O Hamas é uma organização terrorista, que se constituiu durante uma década para combater Israel e construiu infraestruturas subterrâneas e aéreas que não são fáceis de destruir. Será preciso tempo para isso, mais do que alguns meses", afirmou o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, que se reuniu com Sullivan.
Antes de viajar, Sullivan declarou, durante um evento do jornal Wall Street Journal, que discutiria um calendário para pôr fim à guerra e instaria as autoridades israelenses a "avançar para uma fase diferente das operações de alta intensidade que vemos hoje em dia".
Netanyahu admitiu que há "desacordos" com os Estados Unidos sobre como Gaza será administrada depois do conflito.
O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, declarou na quarta-feira que "qualquer discussão sobre Gaza ou a causa palestina sem a presença do Hamas ou das facções de resistência será uma ilusão".
Uma pesquisa de opinião publicada na quarta-feira pelo Centro Palestino de Investigação de Pesquisas e Políticas apontou que Haniyeh conta com o apoio de 78% dos habitantes dos territórios palestinos, contra 58% que tinha antes da guerra.
Além da pressão americana, a Assembleia Geral da ONU aprovou esta semana, por maioria esmagadora, um acordo não vinculante de cessar-fogo, mas os Estados Unidos se declaram contra a maioria.
Divergências entre aliados
"O Hamas é uma organização terrorista, que se constituiu durante uma década para combater Israel e construiu infraestruturas subterrâneas e aéreas que não são fáceis de destruir. Será preciso tempo para isso, mais do que alguns meses", afirmou o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, que se reuniu com Sullivan.
Antes de viajar, Sullivan declarou, durante um evento do jornal Wall Street Journal, que discutiria um calendário para pôr fim à guerra e instaria as autoridades israelenses a "avançar para uma fase diferente das operações de alta intensidade que vemos hoje em dia".
Netanyahu admitiu que há "desacordos" com os Estados Unidos sobre como Gaza será administrada depois do conflito.
O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, declarou na quarta-feira que "qualquer discussão sobre Gaza ou a causa palestina sem a presença do Hamas ou das facções de resistência será uma ilusão".
Uma pesquisa de opinião publicada na quarta-feira pelo Centro Palestino de Investigação de Pesquisas e Políticas apontou que Haniyeh conta com o apoio de 78% dos habitantes dos territórios palestinos, contra 58% que tinha antes da guerra.
Além da pressão americana, a Assembleia Geral da ONU aprovou esta semana, por maioria esmagadora, um acordo não vinculante de cessar-fogo, mas os Estados Unidos se declaram contra a maioria.
Divergências entre aliados
Nesta quinta-feira, na cidade de Khan Yunis, uma nuvem de fumaça emergiu dos escombros, que as pessoas tentavam retirar utilizando pás e as próprias mãos.
"Umas quatro pessoas ainda estão sob os escombros" depois que um avião atingiu o prédio "sem aviso prévio", contou Hassan Bayyout, de 70 anos.
Na Cisjordânia, que também registrou um aumento da violência desde 7 de outubro, a Autoridade Palestina, que governa a região, anunciou que "um jovem" morreu no ataque israelense contra a cidade de Jenin.
O chefe da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA, na sigla em inglês), Pilippe Lazzarini, indicou na quarta-feira que os habitantes de Gaza "enfrentam o capítulo mais sombrio da sua história".
A ONU calcula que 1,9 milhão de pessoas dos 2,4 milhões de habitantes de Gaza foram deslocadas e vivem em tendas, e que os estoques de alimentos, água potável, medicamentos e combustível estão acabando.
"Umas quatro pessoas ainda estão sob os escombros" depois que um avião atingiu o prédio "sem aviso prévio", contou Hassan Bayyout, de 70 anos.
Na Cisjordânia, que também registrou um aumento da violência desde 7 de outubro, a Autoridade Palestina, que governa a região, anunciou que "um jovem" morreu no ataque israelense contra a cidade de Jenin.
O chefe da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA, na sigla em inglês), Pilippe Lazzarini, indicou na quarta-feira que os habitantes de Gaza "enfrentam o capítulo mais sombrio da sua história".
A ONU calcula que 1,9 milhão de pessoas dos 2,4 milhões de habitantes de Gaza foram deslocadas e vivem em tendas, e que os estoques de alimentos, água potável, medicamentos e combustível estão acabando.
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