Investigadores continuaram trabalhando no campus um dia após um tiroteio em massaAFP
Publicado 22/12/2023 10:53
As autoridades tchecas investigam nesta sexta-feira, 22, os motivos que levaram um estudante a matar 13 pessoas em uma universidade de Praga, antes de suicidar-se na quinta-feira, 21.

O pior massacre da história recente do país ocorreu na Faculdade de Artes da Universidade Carolina, situada no centro histórico da capital tcheca.

Nesta sexta-feira, na entrada do edifício, um memorial com centenas de velas em homenagem aos mortos lembrava a tragédia que provocou caos e comoção no campus.

O autor dos disparos, um estudante de 24 anos, matou 13 pessoas e feriu 25, antes de suicidar-se. As autoridades tchecas revisaram para baixo o balanço anterior de 14 vítimas.

"Temos a identidade dos 14 mortos. São 13 vítimas do homem armado e insano e o próprio agressor", indicou o ministro do Interior, Vit Rakusan, à televisão estatal.

O governo decretou que sábado será um dia de luto nacional e pediu à população que observe um minuto de silêncio ao meio-dia.

Arsenal
O chefe da polícia, Martin Vondrasek, indicou que o agressor, que não tinha antecedentes criminais, dispunha de um "enorme arsenal de armas e munições" e que as forças de segurança evitaram uma matança ainda pior com sua rápida intervenção. Algumas das vítimas eram colegas do agressor.

Vondrasek explicou que antes do ataque o jovem já era procurado porque seu pai havia sido encontrado morto em Hostoun, a oeste de Praga. O jovem "partiu para Praga dizendo que iria se suicidar", afirmou Vondrasek, que não confirmou se foi ele quem matou o pai.

A polícia foi buscá-lo em um edifício da Faculdade de Artes, onde tinha uma aula prevista, mas o jovem estava no bloco principal do estabelecimento. A Universidade Carolina fica perto de importantes atrações turísticas.

O chefe de polícia afirmou que o assassino se inspirou em "um caso semelhante ocorrido este outono na Rússia".

Vondrasek afirmou que a polícia suspeita que este jovem estaria por trás do assassinato de um homem e um bebê de dois meses no dia 15 de dezembro em um bosque no subúrbio de Praga. A investigação deste duplo homicídio estava em ponto morto até a polícia encontrar em Hostoun provas que o vinculam ao crime.

Ato 'sem sentido' 
O ministro do Interior afirmou que "não há nenhum indício de que este crime tenha relação com terrorismo internacional". "Nada pode justificar este ato horrível", declarou o primeiro-ministro tcheco, Petr Fiala.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, expressou suas condolências e denunciou um ato "sem sentido".

O presidente francês, Emmanuel Macron, a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também ofereceram suas condolências.
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