Publicado 25/12/2023 12:07
Em sua mensagem de Natal, nesta segunda-feira, 25, o papa Francisco denunciou "a situação humanitária desesperadora" dos palestinos de Gaza, pediu a libertação dos reféns que estão sob poder do Hamas e um cessar-fogo entre o movimento islamista e Israel.
"Tenho no coração a dor pelas vítimas do ataque execrável de 7 de outubro e renovo um apelo urgente para a libertação daqueles que ainda são mantidos como reféns", afirmou no Vaticano o pontífice argentino, de 87 anos, durante a tradicional bênção "urbi et orbi" ("à cidade e ao mundo").
"Suplico que cessem as operações militares, com suas consequências dramáticas de vítimas civis inocentes, e que a situação humanitária desesperadora seja remediada, permitindo a chegada de ajuda", acrescentou, diante de milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro.
A situação humanitária na Faixa de Gaza, onde 85% da população foi obrigada a abandonar suas casas, é catastrófica, segundo a ONU, 80 dias após o início da guerra entre Israel e Hamas.
A ajuda humanitária chega a conta-gotas no território cercado, através da fronteira com o Egito e do posto fronteiriço israelense de Kerem Shalom.
Israel prometeu "aniquilar" o Hamas após o ataque sem precedentes de 7 de outubro, quando quase 1.140 pessoas foram assassinadas, a maioria civis. Os milicianos do movimento islamista também sequestraram 240 pessoas e 129 permanecem como reféns em Gaza, segundo o governo de Israel.
Os bombardeios israelenses deixaram mais de 20.400 mortos em Gaza, a maioria mulheres e menores de idade, segundo o Hamas, que governa o território palestino desde 2007.
"Que não se siga alimentando a violência e o ódio, mas que se encontre uma solução para a questão palestina, por meio de um diálogo sincero e perseverante entre as partes, sustentado por uma forte vontade política e o apoio da comunidade internacional", pediu o papa, durante uma mensagem em que enfatizou o lema "não à guerra, sim à paz".
Paz para a Ucrânia
"Tenho no coração a dor pelas vítimas do ataque execrável de 7 de outubro e renovo um apelo urgente para a libertação daqueles que ainda são mantidos como reféns", afirmou no Vaticano o pontífice argentino, de 87 anos, durante a tradicional bênção "urbi et orbi" ("à cidade e ao mundo").
"Suplico que cessem as operações militares, com suas consequências dramáticas de vítimas civis inocentes, e que a situação humanitária desesperadora seja remediada, permitindo a chegada de ajuda", acrescentou, diante de milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro.
A situação humanitária na Faixa de Gaza, onde 85% da população foi obrigada a abandonar suas casas, é catastrófica, segundo a ONU, 80 dias após o início da guerra entre Israel e Hamas.
A ajuda humanitária chega a conta-gotas no território cercado, através da fronteira com o Egito e do posto fronteiriço israelense de Kerem Shalom.
Israel prometeu "aniquilar" o Hamas após o ataque sem precedentes de 7 de outubro, quando quase 1.140 pessoas foram assassinadas, a maioria civis. Os milicianos do movimento islamista também sequestraram 240 pessoas e 129 permanecem como reféns em Gaza, segundo o governo de Israel.
Os bombardeios israelenses deixaram mais de 20.400 mortos em Gaza, a maioria mulheres e menores de idade, segundo o Hamas, que governa o território palestino desde 2007.
"Que não se siga alimentando a violência e o ódio, mas que se encontre uma solução para a questão palestina, por meio de um diálogo sincero e perseverante entre as partes, sustentado por uma forte vontade política e o apoio da comunidade internacional", pediu o papa, durante uma mensagem em que enfatizou o lema "não à guerra, sim à paz".
Paz para a Ucrânia
Como acontece a cada ano durante a mensagem tradicional, o líder espiritual do total de 1,3 bilhão de católicos no mundo mencionou os principais conflitos e zonas de tensão no planeta.
O bispo de Roma fez referência ao "martirizado" povo da Síria e pediu paz para a Ucrânia, no momento em que se aproxima o segundo aniversário da invasão russa, iniciada em fevereiro de 2022.
Na ex-república soviética, milhões de ortodoxos celebram o Natal em 25 de dezembro, e não em 7 de janeiro como era habitual até agora para seguir a tradição da Igreja Ortodoxa Russa, o que estabelece uma ruptura em plena guerra com Moscou.
Francisco também recordou "as tensões e os conflitos que perturbam as regiões do Sahel, do Chifre da África e do Sudão, além de Camarões, República Democrática do Congo e Sudão do Sul".
Em um trecho dedicado ao "continente americano", o papa argentino fez um apelo aos governantes, que devem "encontrar soluções idôneas que levem a superar as dissensões sociais e políticas, a lutar contra as formas de pobreza que ofendem a dignidade das pessoas, a resolver as desigualdades e a enfrentar o doloroso fenômeno das migrações".
Também criticou a produção e o comércio de armas, que chamou de "instrumentos de morte" a serviço da guerra, "uma viagem sem objetivo, uma derrota sem vencedores, uma loucura sem desculpas".
"Como é possível falar de paz se a produção, a venda e o comércio de armas aumentam? (...) As pessoas, que não querem armas, e sim pão, que têm dificuldades para seguir adiante e pedem paz, não sabem quantos fundos públicos são destinados aos armamentos", disse o pontífice.
O bispo de Roma fez referência ao "martirizado" povo da Síria e pediu paz para a Ucrânia, no momento em que se aproxima o segundo aniversário da invasão russa, iniciada em fevereiro de 2022.
Na ex-república soviética, milhões de ortodoxos celebram o Natal em 25 de dezembro, e não em 7 de janeiro como era habitual até agora para seguir a tradição da Igreja Ortodoxa Russa, o que estabelece uma ruptura em plena guerra com Moscou.
Francisco também recordou "as tensões e os conflitos que perturbam as regiões do Sahel, do Chifre da África e do Sudão, além de Camarões, República Democrática do Congo e Sudão do Sul".
Em um trecho dedicado ao "continente americano", o papa argentino fez um apelo aos governantes, que devem "encontrar soluções idôneas que levem a superar as dissensões sociais e políticas, a lutar contra as formas de pobreza que ofendem a dignidade das pessoas, a resolver as desigualdades e a enfrentar o doloroso fenômeno das migrações".
Também criticou a produção e o comércio de armas, que chamou de "instrumentos de morte" a serviço da guerra, "uma viagem sem objetivo, uma derrota sem vencedores, uma loucura sem desculpas".
"Como é possível falar de paz se a produção, a venda e o comércio de armas aumentam? (...) As pessoas, que não querem armas, e sim pão, que têm dificuldades para seguir adiante e pedem paz, não sabem quantos fundos públicos são destinados aos armamentos", disse o pontífice.
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