Publicado 26/12/2023 09:55 | Atualizado 26/12/2023 09:57
Israel prosseguiu com os bombardeios na Faixa de Gaza nesta terça-feira (26), depois de anunciar que pretende intensificar ainda mais a guerra contra o Hamas, até "desmilitarizar" e "desradicalizar" o território palestino.
Em Khan Yunis, no sul de Gaza, onde Israel informou que concentra a ofensiva contra o grupo islamista palestino, era possível observar a fumaça provocada pelos bombardeios.
Um correspondente da AFP relatou que os bombardeios israelenses continuaram durante a noite, em Khan Yunis e na vizinha Rafah, na fronteira com o Egito, localidade que abriga dezenas de milhares de pessoas deslocadas de outros pontos do território palestino.
Trinta corpos de vítimas de bombardeios foram levados nas últimas 24 horas para o hospital Nasser de Khan Yunis, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.
O Exército israelense anunciou que visou, nas últimas horas, a mais de 100 alvos do Hamas, incluindo acessos a túneis e posições militares para atacar os soldados, em particular em Jabalia, no norte, e em Khan Yunis.
"Não vamos parar (...) vamos intensificar os combates nos próximos dias. Será uma guerra longa", afirmou na segunda-feira o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, depois de visitar Gaza.
"O Hamas deve ser destruído, Gaza deve ser desmilitarizada, e a sociedade palestina deve ser desradicalizada. Estes são os três requisitos para a paz entre Israel e seus vizinhos palestinos em Gaza", escreveu o chefe de Governo em um artigo publicado no Wall Street Journal.
"Relatos comoventes"
Em Khan Yunis, no sul de Gaza, onde Israel informou que concentra a ofensiva contra o grupo islamista palestino, era possível observar a fumaça provocada pelos bombardeios.
Um correspondente da AFP relatou que os bombardeios israelenses continuaram durante a noite, em Khan Yunis e na vizinha Rafah, na fronteira com o Egito, localidade que abriga dezenas de milhares de pessoas deslocadas de outros pontos do território palestino.
Trinta corpos de vítimas de bombardeios foram levados nas últimas 24 horas para o hospital Nasser de Khan Yunis, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.
O Exército israelense anunciou que visou, nas últimas horas, a mais de 100 alvos do Hamas, incluindo acessos a túneis e posições militares para atacar os soldados, em particular em Jabalia, no norte, e em Khan Yunis.
"Não vamos parar (...) vamos intensificar os combates nos próximos dias. Será uma guerra longa", afirmou na segunda-feira o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, depois de visitar Gaza.
"O Hamas deve ser destruído, Gaza deve ser desmilitarizada, e a sociedade palestina deve ser desradicalizada. Estes são os três requisitos para a paz entre Israel e seus vizinhos palestinos em Gaza", escreveu o chefe de Governo em um artigo publicado no Wall Street Journal.
"Relatos comoventes"
Segundo o Ministério da Saúde do Hamas, que governa a Faixa desde 2007, mais de 20.600 pessoas, a maioria mulheres e menores de idade, morreram nas operações israelenses em Gaza.
Em Israel, o ataque sem precedentes de 7 de outubro executado por milicianos do Hamas deixou quase 1.140 mortos, a maioria civis, de acordo com balanço da AFP baseado em dados israelenses.
O Hamas também sequestrou mais de 240 pessoas, e 129 permanecem em cativeiro em Gaza. O Exército israelense informou que 158 militares morreram desde o início da ofensiva terrestre, em 27 de outubro.
No território, sob cerco total desde 9 de outubro, a guerra obrigou 1,9 milhão de pessoas a abandonarem suas casas, o equivalente a 85% da população, segundo a ONU.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), cujos funcionários visitaram na segunda-feira o hospital de Deir al Balah, no centro de Gaza, após um bombardeio a um campo de refugiados próximo, afirmou que suas equipes ouviram "relatos comoventes" de famílias inteiras mortas.
"O último bombardeio contra uma comunidade de Gaza mostra porque é necessário um cessar-fogo imediato", escreveu o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na rede social X.
O bombardeio de domingo contra o campo de Al Maghazi matou 70 pessoas, segundo o Hamas. O Exército israelense anunciou que está "investigando o incidente".
A entrada de ajuda humanitária em Gaza não aumentou de maneira significativa, apesar da aprovação na sexta-feira, no Conselho de Segurança da ONU, de uma resolução que pede o envio "imediato" e em larga escala.
Pressão em Israel
Em Israel, o ataque sem precedentes de 7 de outubro executado por milicianos do Hamas deixou quase 1.140 mortos, a maioria civis, de acordo com balanço da AFP baseado em dados israelenses.
O Hamas também sequestrou mais de 240 pessoas, e 129 permanecem em cativeiro em Gaza. O Exército israelense informou que 158 militares morreram desde o início da ofensiva terrestre, em 27 de outubro.
No território, sob cerco total desde 9 de outubro, a guerra obrigou 1,9 milhão de pessoas a abandonarem suas casas, o equivalente a 85% da população, segundo a ONU.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), cujos funcionários visitaram na segunda-feira o hospital de Deir al Balah, no centro de Gaza, após um bombardeio a um campo de refugiados próximo, afirmou que suas equipes ouviram "relatos comoventes" de famílias inteiras mortas.
"O último bombardeio contra uma comunidade de Gaza mostra porque é necessário um cessar-fogo imediato", escreveu o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na rede social X.
O bombardeio de domingo contra o campo de Al Maghazi matou 70 pessoas, segundo o Hamas. O Exército israelense anunciou que está "investigando o incidente".
A entrada de ajuda humanitária em Gaza não aumentou de maneira significativa, apesar da aprovação na sexta-feira, no Conselho de Segurança da ONU, de uma resolução que pede o envio "imediato" e em larga escala.
Pressão em Israel
Em Israel, a pressão aumenta para obter a libertação dos reféns. Parentes das pessoas sequestradas interromperam na segunda-feira o discurso de Netanyahu durante uma sessão especial do Parlamento, com gritos de "agora, agora", depois que o chefe de Governo afirmou que precisa de mais tempo.
"E se fosse o seu filho?", "80 dias, cada minuto é o inferno", afirmavam os cartazes dos manifestantes.
O Hamas, considerado um grupo terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia, exige o fim dos combates antes de iniciar novas negociações para a libertação dos reféns.
Os países mediadores, Egito e Catar, tentam obter uma nova trégua, depois da pausa do fim de novembro que permitiu a libertação em uma semana de 105 reféns em troca de 240 presos palestinos em Israel, além da entrada em Gaza de ajuda humanitária procedente do território egípcio.
Na Cisjordânia ocupada, onde a violência aumentou de maneira considerável desde o início do conflito em Gaza, dois palestinos morreram em ações do Exército israelense nesta terça-feira.
Bombardeios dos EUA no Iraque
"E se fosse o seu filho?", "80 dias, cada minuto é o inferno", afirmavam os cartazes dos manifestantes.
O Hamas, considerado um grupo terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia, exige o fim dos combates antes de iniciar novas negociações para a libertação dos reféns.
Os países mediadores, Egito e Catar, tentam obter uma nova trégua, depois da pausa do fim de novembro que permitiu a libertação em uma semana de 105 reféns em troca de 240 presos palestinos em Israel, além da entrada em Gaza de ajuda humanitária procedente do território egípcio.
Na Cisjordânia ocupada, onde a violência aumentou de maneira considerável desde o início do conflito em Gaza, dois palestinos morreram em ações do Exército israelense nesta terça-feira.
Bombardeios dos EUA no Iraque
Os temores de que o conflito provoque uma escalada regional também aumentaram. A fronteira entre Líbano e Israel registra trocas de disparos quase diárias entre o grupo Hezbollah, aliado do Hamas, e o Exército israelense. E os rebeldes huthis do Iêmen, apoiados pelo Irã, multiplicaram os ataques contra navios comerciais no Mar Vermelho e no Mar da Arábia.
Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira que bombardearam três posições de grupos pró-Irã no Iraque. O governo iraquiano denunciou um "ato hostil" que matou um integrante das forças de segurança e deixou 18 feridos.
O Irã acusou Israel pela morte na segunda-feira de um militar em um ataque com mísseis na Síria. A Guarda Revolucionária, exército ideológico iraniano, identificou o general Razi Moussavi como um "comandante de logística do eixo da resistência" contra Israel, que reúne Irã, Hezbollah, Hamas e os huthis.
Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira que bombardearam três posições de grupos pró-Irã no Iraque. O governo iraquiano denunciou um "ato hostil" que matou um integrante das forças de segurança e deixou 18 feridos.
O Irã acusou Israel pela morte na segunda-feira de um militar em um ataque com mísseis na Síria. A Guarda Revolucionária, exército ideológico iraniano, identificou o general Razi Moussavi como um "comandante de logística do eixo da resistência" contra Israel, que reúne Irã, Hezbollah, Hamas e os huthis.
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