Pescadores mortes após bombardeio russo em Zaporizhzhia, na Ucrânia, nesta quinta-feira, 28Reprodução/Kyiv Independent
Publicado 28/12/2023 13:57
Bombardeios russos deixaram três mortos e nove feridos nesta quinta-feira, 28, em dois povoados da região de Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia, informaram autoridades locais.

Dois pescadores morreram no bombardeio de Bilenke, disse o gabinete do procurador-geral no Telegram, acrescentando que cinco civis também ficaram "feridos em diversos graus de gravidade". Esta cidade, cerca de 30 quilômetros ao sul de Zaporizhzhia, fica às margens do rio Dnieper.
Outro ataque contra a aldeia de Orikhiv deixou um morto e quatro feridos entre os habitantes, relataram autoridades. As forças russas também lançaram vários bombardeios na região de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, segundo a polícia regional.

Uma mulher de 60 anos não resistiu aos ferimentos sofridos em um bombardeio em Vovchansk, perto da fronteira com a Rússia, e outras duas ficaram feridas, relatou a mesma fonte.

Três mulheres com idades entre 58 e 76 anos também ficaram feridas em um ataque aéreo contra o povoado de Glushkivka, disseram autoridades.
Zelensky agradece a Washington por ajuda 'essencial' e pede manutenção
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, agradeceu aos Estados Unidos nesta quinta-feira (28) pelo desbloqueio de uma nova parcela de ajuda militar e instou seu aliado a manter essa ajuda "essencial", cujo futuro parece cada vez mais incerto.

Washington concedeu a Kiev um pacote de 250 milhões de dólares (1,2 bilhão de reais) que inclui munições e sistemas de defesa aérea para enfrentar os ataques da Rússia.
Para a Ucrânia, essa boa notícia tem um gosto amargo, já que se trata da última parcela disponível sem uma nova votação no Congresso dos Estados Unidos, que no momento se nega a alocar mais dinheiro.

"Agradeço ao presidente Joe Biden, ao Congresso e ao povo americano", reagiu Zelensky nesta quinta no X, antigo Twitter, considerando que essa ajuda cobrirá "as necessidades mais urgentes da Ucrânia".

A "liderança americana" entre os aliados de Kiev exerce um papel "essencial na luta contra o terror e a agressão", elogiou. "Para defender a liberdade e a segurança na Ucrânia, na Europa e também nos Estados Unidos, devemos seguir respondendo de maneira firme e decidida a agressão russa", concluiu o presidente.

Depois de um ano de 2023 decepcionante para a Ucrânia, cuja grande contraofensiva não deu os resultados esperados na frente de batalha, Kiev teme uma retirada dos países ocidentais.

Em Washington, assim como na Europa, a ideia de um apoio incondicional rachou, enfraquecida pelas divisões políticas sobre o alto custo que essa ajuda militar representa. Contudo, os aliados de Volodimir Zelensky seguem afirmando que não abandonar Kiev.

A embaixadora americana no país, Bridget Brink, recordou nesta quinta que "as necessidades financeiras para ajudar a Ucrânia a se defender seguem sendo críticas e urgentes".
*Com informações da AFP
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