Publicado 30/12/2023 16:13
A Procuradoria Federal de Nova York desistiu de um segundo julgamento, por financiamento político ilegal e corrupção, contra o ex-magnata das criptomoedas Sam Bankman-Fried, declarado culpado no primeiro julgamento.
O fundador e diretor da bolsa de criptomoedas FTX, conhecido por seu apelido "SBF", foi declarado culpado, no início de novembro, de sete acusações por ter desviado bilhões de dólares em depósitos de clientes sem sua autorização.
Ele pode ser condenado a até 110 anos de prisão. Sua sentença será pronunciada pelo juiz federal Lewis Kaplan em 28 de março.
Inicialmente, o segundo julgamento estava programado para começar em 11 de março de 2024 por outras cinco acusações que o promotor federal Damian Williams decidiu não incluir no processo inicial.
As principais são associação criminosa com o objetivo de corromper um agente estrangeiro e realizar doações a políticos.
As cinco foram excluídas do primeiro julgamento porque não fizeram parte do acordo fechado com autoridades das Bahamas para a extradição de Sam Bankman-Fried em dezembro de 2022.
Para justificar a renúncia ao segundo processo, o promotor Williams indicou que as Bahamas não deram luz verde e as autoridades americanas desejam uma "resolução rápida" do caso "SBF".
De fato, um novo julgamento poderia adiar a restituição às vítimas que tiveram recursos bloqueados durante o julgamento, argumentou Williams em uma carta ao juiz federal Lewis Kaplan e incluída nos autos na tarde de sexta-feira.
Também lembrou que as ações de suposta corrupção e financiamento ilegal de campanhas políticas foram abordadas no primeiro julgamento e poderiam ser consideradas para fixar a pena.
Bankman-Fried foi acusado de autorizar o pagamento de aproximadamente 150 milhões de dólares (726 milhões de reais na cotação atual) em propinas a funcionários chineses para desbloquear bens da FTX no gigante asiático.
Também foi responsabilizado por utilizar dinheiro de clientes da FTX para realizar doações a candidatos políticos, especialmente para o atual presidente americano Joe Biden.
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