País enfrentou desastre no primeiro dia do anoAFP
Publicado 03/01/2024 08:26
Socorristas japoneses lutavam nesta quarta-feira (3) para encontrar sobreviventes, em meio a tempestades e ao risco de deslizamentos de terra, após o terremoto que deixou 62 mortos dois dias antes no centro do país, segundo um funcionário do setor de resposta a desastres do governo de Ishikawa.

Também foram reportados mais de 300 feridos, 20 deles em estado grave. A península de Noto foi a mais atingida, com prédios consumidos por incêndios e casas destruídas.

Equipes faziam buscas na região em meio aos escombros, um trabalho dificultado pelo mau tempo e por réplicas do terremoto. Mais de 31.800 pessoas encontravam-se em abrigos.

Contra o tempo
O governo do primeiro-ministro, Fumio Kishida, deve organizar uma reunião de emergência durante a manhã para discutir a resposta à tragédia. Na véspera, ele ressaltou que se trata de "uma corrida contra o tempo”, dado o número de pessoas presas nos prédios que desabaram, informou a rede NHK.

A Agência Meteorológica do Japão (JMA) emitiu um alerta de chuva forte para Noto, aumentando a urgência das operações: “Estejam atento a deslizamentos até a noite desta quarta-feira."

Na cidade costeira de Suzu, o prefeito, Masuhiro Izumiya, citado pela rede TBS, informou que "cerca de 90% das casas foram totalmente ou quase totalmente destruídas. A situação é verdadeiramente catastrófica."

Uma mulher que está em um abrigo na localidade de Shika disse à TV Asahi que não conseguiu dormir por causa das réplicas: "Fiquei com medo, porque não sabemos quando será o próximo terremoto.”

Quase 34 mil casas permaneciam sem luz na região de Ishikawa, segundo a empresa de energia local, enquanto várias cidades estavam sem abastecimento de água.

Os trens-bala e as rodovias voltaram a funcionar, depois que milhares de pessoas ficaram bloqueadas, algumas delas por até 24 horas.

O terremoto teve magnitude de 7,5, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, enquanto a JMA o classificou como de 7,6. Segundo a agência japonesa, mais de 210 movimentos telúricos haviam sacudido a região até a noite desta terça-feira.
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