Publicado 07/01/2024 22:45
Congressistas americanos anunciaram neste domingo um acordo bipartidário que estabelece em cerca de US$ 1,6 trilhão o orçamento federal para o ano fiscal de 2024, o que representa um avanço para evitar a paralisação do governo em um ano de eleição presidencial.
O acordo foi anunciado pelo republicano Mike Johnson, presidente da Câmara dos Representantes, e pelos líderes democratas do Congresso, após semanas de negociações, e foi aplaudido pelo presidente, Joe Biden, que o considerou “um novo passo para evitar uma paralisação desnecessária do governo e para a proteção de prioridades nacionais importantes”.
No entanto, resta pouco tempo para que os partidos rivais cheguem a um acordo no Congresso sobre os detalhes dos gastos e aprovem uma lei até o prazo de 19 de janeiro, quando parte do governo federal poderia ficar sem financiamento.
Baseado em um acordo elaborado no ano passado pelo então presidente da Câmara dos Representantes (Kevin McCarthy) e pela Casa Branca, o pacto deve incluir um aumento do orçamento do Pentágono para cerca de US$ 886,3 bilhões, bem mais de US$ 100 bilhões acima dos gastos não militares propostos pelos democratas.
"Ao garantir os US$ 772,7 bilhões para o financiamento discricionário não relacionado com a defesa, podemos proteger prioridades nacionais-chave dos cortes draconianos pretendidos pelos extremistas de direita", ressaltaram em comunicado conjunto o líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, e o principal democrata da Câmara dos Representantes, Hakeem Jeffries.
O acordo “abre caminho para o Congresso agir nas próximas semanas a fim de manter as prioridades de financiamento importantes para o povo americano e evitar uma paralisação do governo”, disseram os líderes.
Biden, por sua vez, afirmou que o acordo “rejeita os cortes profundos nos programas com os quais as famílias trabalhadoras contam e oferece um caminho para a aprovação de projetos de lei de financiamento para todo o ano que beneficiem o povo americano e sejam livres de políticas extremas”.
O acordo, no entanto, deve enfurecer a ala mais à direita da bancada republicana de Johnson na Câmara dos Representantes, que pressionou em grande parte por um aperto orçamentário.
Em carta aos colegas, Johnson teria destacado vitórias conservadoras, como um corte de US$ 10 bilhões no orçamento do Internal Revenue Service e “reduções reais” na burocracia federal.
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