Donald Trump, ex-presidente dos EUAEduardo Muñoz Alvarez/AFP
Publicado 09/01/2024 12:06
O magnata republicano Donald Trump se apresenta nesta terça-feira (9) a um tribunal federal dos Estados Unidos para argumentar que, como ex-presidente, deveria ter imunidade frente aos processos por acusações de conspiração para reverter o resultado das eleições de 2020.
Trump apresentará sua alegação oral a três juízes da Corte de Apelações dos Estados Unidos para o Circuito de Washington DC a partir das 14h30 GMT (11h30 em Brasília).
Os advogados de Trump tentaram anular as acusações de interferência eleitoral com o argumento de que um ex-presidente (2017-2021) goza de "imunidade absoluta" e não pode ser processado por ações decididas durante sua permanência na Casa Branca.
A previsão é de que o favorito à candidatura presidencial do Partido Republicano em 2024 seja julgado em 4 de março em um tribunal de Washington, a poucas ruas do Capitólio -sede do Congresso dos Estados Unidos-, que foi invadido por uma multidão de seus apoiadores em 6 de janeiro de 2021 para tentar impedir a certificação da vitória do democrata Joe Biden.
A juíza do distrito americano Tanya Chutkan, que presidirá esse histórico julgamento, rejeitou o pedido de imunidade no mês passado, alegando que um ex-governante não tem "passe vitalício para se livrar da prisão" e não poderia "evitar a responsabilidade criminal" por seus atos.
Trump recorreu da decisão e apresentará sua argumentação nesta terça-feira a três juízes: dois nomeados por Joe Biden e um pelo ex-presidente republicano George H.W. Bush (1989-1993).
Derek Muller, professor de direito na Universidade de Notre Dame, declarou que considera pouco provável que Trump tenha sucesso: "Minha sensação é que Trump terá uma batalha difícil", disse à AFP.
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