Novo ministro das Relações Exteriores da Franças, Stéphane SéjournéAFP
Publicado 13/01/2024 14:32
O novo ministro das Relações Exteriores da França, Stéphane Séjourné, viajou neste sábado (13) para Kiev, em sua primeira visita ao exterior no cargo, como demonstração de apoio à Ucrânia, "prioridade" para Paris, pouco antes de completar dois anos da invasão russa.

Nomeado na quinta-feira, 11, em substituição a Catherine Colonna, Séjourné "chegou a Kiev em seu primeiro deslocamento no terreno, para dar continuidade à ação diplomática francesa e reiterar o compromisso da França com seus aliados e as populações civis", informou seu ministério na rede X, antigo Twitter.

A Ucrânia "é e continuará sendo a prioridade da França", apesar da "multiplicação de crises" no mundo, afirmou o novo chanceler, de 38 anos, em coletiva de imprensa após se reunir com seu homólogo Dmitro Kuleba.

"A defesa dos princípios fundamentais do direito internacional está em jogo na Ucrânia", acrescentou Séjourné, que planeja se encontrar posteriormente com o presidente Volodymyr Zelensky. 
A invasão russa da Ucrânia completará dois anos em 24 de fevereiro. A visita de Séjourné ocorre em um momento delicado para a Ucrânia, pois seus aliados na Europa e em Washington estão enfrentando dificuldades para manter todo o apoio financeiro e militar.

O apoio militar da França à Ucrânia chega a 3,2 bilhões de euros (3,5 bilhões de dólares ou 17 bilhões de reais), segundo um relatório parlamentar publicado em novembro.

A ajuda prometida à Ucrânia entre agosto e outubro de 2023 caiu globalmente quase 90% em relação ao mesmo período de 2022, atingindo, assim, o ponto mais baixo desde o início da invasão, de acordo com uma pesquisa do Instituto Kiel de dezembro.

Na União Europeia, um pacote de ajuda no valor de 55 bilhões de dólares (267 bilhões de reais) está bloqueado em Bruxelas, devido às objeções da Hungria, e no Congresso norte-americano há divisões sobre a conveniência de enviar mais ajuda à Ucrânia.

Zelensky afirmou esta semana durante um giro pelos países bálticos que "as dúvidas dos parceiros em relação à ajuda financeira e militar à Ucrânia só aumentam a coragem e a força da Rússia".

Ele também pediu mais meios de defesa aérea, considerando que seu país continua a ser alvo de ataques contínuos das forças russas.

Na última investida, a Rússia lançou 40 mísseis e drones contra a Ucrânia na madrugada deste sábado, segundo o Exército aéreo ucraniano. Kiev não relatou vítimas fatais até o momento.

A aviação ucraniana afirmou ter destruído oito mísseis e acrescentou que "mais de 20 projéteis" não conseguiram atingir seus objetivos, em parte graças aos meios de defesa eletrônica.

O Exército russo afirmou, em um comunicado, que atacou instalações "militares-industriais" que fabricavam obuses, drones e pólvora, e que atingiu "todos" os seus alvos.
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