Em 2020, a Epic processou Google e Apple, acusando-os de abusar do controle de suas lojas que vendem aplicativos e outros produtos digitais em dispositivos móveis Unsplash
Publicado 16/01/2024 17:58
O número um da Epic Games, empresa que desenvolveu o videogame popular Fortnite, Tim Sweeney, deu por perdida, nesta terça-feira (16), a batalha judicial conta a Apple para abrir os iPhone a lojas alternativas de aplicativos, após a recusa da Suprema Corte dos Estados Unidos de avaliar o caso.
O mais alto tribunal americano anunciou que não vai considerar as apelações de nenhuma das duas empresas neste longo processo, encerrando, desta forma, a disputa legal.
"A batalha judicial para abrir o iOS a lojas e mecanismos de pagamento concorrentes está perdida nos Estados Unidos. Um triste desenlace para todos os desenvolvedores", escreveu Sweeney na rede social X.
Em 2020, a Epic entrou com uma ação contra Apple e Google, que dominam a economia ligada aos dispositivos móveis no mundo graças, respectivamente, aos sistemas operacionais Android e iOS, assim como as comissões sobre as compras dos usuários. O estúdio de videogame as acusa de praticar monopólio.
Apple e Google recebem até 30% em qualquer transação financeira feita em suas lojas de aplicativos.
Há dois anos, após o início do processo entre Epic e Apple, uma juíza federal americana pediu à fabricante dos iPhones que permitisse aos desenvolvedores propor formas de pagamento alternativas aos usuários. Mas considerou que a Epic não conseguiu provar que a Apple estivesse violando o direito à livre concorrência.
As duas empresas apelaram da decisão e o caso chegou à Suprema Corte.
No mês passado, a Epic teve uma vitória inesperada contra o Google nos Estados Unidos, quando um júri considerou que a gigante da internet abusa de seu poder para sufocar a concorrência no mercado de aplicativos móveis via Android.
Ao contrário da Apple, o Google autoriza as lojas alternativas. Mas a Epic aponta que esta postura é ilusória e o Android é tão fechado quanto o iOS.
Publicidade
Leia mais