China se oferece para mediação entre Irã e Paquistão após ataques

A China disse nesta quinta-feira (18) que está disposta a mediar um diálogo entre Paquistão e Irã, após uma troca de ataques contra grupos combatentes na fronteira comum desses dois países, incluindo um bombardeio paquistanês que, segundo Teerã, deixou pelo menos nove mortos.

"A parte chinesa espera, sinceramente, que os dois lados possam exercer a calma e a moderação e evitar uma escalada de tensões", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, em entrevista coletiva. A mesma já havia pedido moderação na quarta-feira (17).

"Também estamos dispostos a ter um papel positivo para acalmar a situação, se as duas partes assim desejarem", acrescentou. Irã e Paquistão são "países amigos para a China e com uma influência importante", completou a porta-voz.

O Paquistão, que possui armas nucleares, e o Irã enfrentam insurgências ao longo de sua zona fronteiriça escassamente povoada.

Nesta quinta, o Paquistão disse ter lançado ataques aéreos contra grupos combatentes no Irã, em resposta aos ataques realizados por Teerã em solo paquistanês.

Teerã anunciou que convocou o encarregado de negócios paquistanês em resposta ao ataque, que deixou nove mortos, segundo a agência oficial de notícias Irna. Ambos os países são aliados próximos de Pequim e membros da Organização de Cooperação de Xangai.