Amazon disse que discorda fortemente do CNIL e que tem o direito de apelarThomas Samson/AFP
Publicado 23/01/2024 11:41 | Atualizado 23/01/2024 12:02
O regulador da proteção de dados da França, CNIL, multou o negócio local da Amazon de gerenciamento de depósitos, com o argumento de que a companhia colocou em vigor um sistema "excessivamente intrusivo" para monitorar o desempenho de sua equipe. A empresa foi condenada em 27 de dezembro, mas o orgão fracês divulgou a sentença apenas nesta terça-feira, 23. 
O CNIL informou que multou a Amazon France Logistique em 32 milhões de euros (US$ 34,8 milhões ou R$ 169 milhões) por supostamente coletar dados dos empregados a partir dos scanners usados para processar pacotes, a fim de mensurar sua produtividade e tempo ocioso. De acordo com o orgão, a medida também usava a digitalização dos produtos como uma forma de saber o tempo de inatividade de um colaborador. 

O CNIL considerou o sistema excessivo, já que poderia levar a empresa a pressionar os funcionários a justificar cada parada ou interrupção. E acrescentou que a companhia não informou de modo adequado os funcionários e visitantes externos sobre o monitoramento de vídeo nos locais de trabalho, o que desrespeita a Regulação Geral de Proteção de Dados da União Europeia.

A Amazon disse que discorda fortemente do CNIL e que tem o direito de apelar, qualificando as conclusões como "factualmente incorretas" e que a "utilização de sistemas é uma prática padrão da indústria". Segundo a empresa, o método é usado para "garantir operações seguras, de qualidade e eficientes".
*Com informações do Estadão Conteúdo
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