Publicado 24/01/2024 10:44 | Atualizado 24/01/2024 11:37
O colapso de uma galeria de uma mina de ouro no oeste do Mali causou a morte de 73 pessoas na última sexta-feira, 19, disseram à AFP um encarregado de uma empresa de mineração local e um vereador do município nesta quarta, 24.
"Começou com um barulho. A terra começou a tremer. Eram mais de 200 garimpeiros. O trabalho de busca terminou. Encontramos 73 corpos", disse à AFP Oumar Sidibé, um dos responsáveis pelos garimpeiros de Kangaba. Um vereador local confirmou o trágico balanço.
Em comunicado publicado na terça-feira, 23, o Ministério das Minas informou a morte de vários garimpeiros, mas não informou números precisos. O governo ofereceu "suas mais tristes condolências às desconsoladas famílias e ao povo do Mali".
Da mesma forma, o ministério convidou "as comunidades próximas aos locais de mineração e aos garimpeiros a respeitarem escrupulosamente as medidas de segurança e a trabalharem apenas dentro dos perímetros dedicados à extração de ouro".
Um dos países mais empobrecidos do mundo, o Mali é um dos principais produtores de ouro da África. As minas costumam ser palco de deslizamentos de terra mortais, que mancham uma atividade perigosa, muitas vezes realizada de forma caseira e que não é suficientemente controlada pelas autoridades.
Colapsos mortais
"Começou com um barulho. A terra começou a tremer. Eram mais de 200 garimpeiros. O trabalho de busca terminou. Encontramos 73 corpos", disse à AFP Oumar Sidibé, um dos responsáveis pelos garimpeiros de Kangaba. Um vereador local confirmou o trágico balanço.
Em comunicado publicado na terça-feira, 23, o Ministério das Minas informou a morte de vários garimpeiros, mas não informou números precisos. O governo ofereceu "suas mais tristes condolências às desconsoladas famílias e ao povo do Mali".
Da mesma forma, o ministério convidou "as comunidades próximas aos locais de mineração e aos garimpeiros a respeitarem escrupulosamente as medidas de segurança e a trabalharem apenas dentro dos perímetros dedicados à extração de ouro".
Um dos países mais empobrecidos do mundo, o Mali é um dos principais produtores de ouro da África. As minas costumam ser palco de deslizamentos de terra mortais, que mancham uma atividade perigosa, muitas vezes realizada de forma caseira e que não é suficientemente controlada pelas autoridades.
Colapsos mortais
As suas minas de ouro são frequentemente alvo de colapsos mortais, que mancham uma atividade perigosa, muitas vezes realizada de forma pouco profissional e controlada de forma insuficiente pelas autoridades. Os acidentes de mineração também são comuns na Guiné, no Senegal e em Burkina Faso.
Com 72,2 toneladas produzidas em 2022 (das quais seis toneladas são resultantes da extração artesanal), o ouro contribuiu com 25% para o orçamento nacional. Além disso, representou 75% das receitas procedentes da exportação e 10% do Produto Interno Bruto, conforme indicado em março de 2023 por Lamine Seydou Traoré, ex-ministro de Minas.
Assim como outros governos africanos, a junta militar que governa o Mali desde 2020 destacou, em diversas ocasiões, a sua intenção de devolver ao país a soberania sobre os seus recursos naturais.
Em agosto de 2023, aprovou um novo código de mineração que permite ao Estado ficar com até 30% da participação em novos projetos. Isso deverá gerar pelo menos 500 bilhões de francos CFA (cerca de 832 milhões de dólares, 4,1 bilhões de reais na cotação atual) para o orçamento anual do Estado, segundo o governo.
O setor de mineração do Mali é dominado por grupos estrangeiros, como os canadenses Barrick Gold e B2Gold, o australiano Resolute Mining e o britânico Hummingbird Resources, que operam no país apesar da expansão jihadista e da instabilidade política em que está atolado há anos.
Além disso, as minas artesanais continuam prosperando, atraindo milhares de garimpeiros em busca de riqueza.
Com 72,2 toneladas produzidas em 2022 (das quais seis toneladas são resultantes da extração artesanal), o ouro contribuiu com 25% para o orçamento nacional. Além disso, representou 75% das receitas procedentes da exportação e 10% do Produto Interno Bruto, conforme indicado em março de 2023 por Lamine Seydou Traoré, ex-ministro de Minas.
Assim como outros governos africanos, a junta militar que governa o Mali desde 2020 destacou, em diversas ocasiões, a sua intenção de devolver ao país a soberania sobre os seus recursos naturais.
Em agosto de 2023, aprovou um novo código de mineração que permite ao Estado ficar com até 30% da participação em novos projetos. Isso deverá gerar pelo menos 500 bilhões de francos CFA (cerca de 832 milhões de dólares, 4,1 bilhões de reais na cotação atual) para o orçamento anual do Estado, segundo o governo.
O setor de mineração do Mali é dominado por grupos estrangeiros, como os canadenses Barrick Gold e B2Gold, o australiano Resolute Mining e o britânico Hummingbird Resources, que operam no país apesar da expansão jihadista e da instabilidade política em que está atolado há anos.
Além disso, as minas artesanais continuam prosperando, atraindo milhares de garimpeiros em busca de riqueza.
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