Publicado 25/01/2024 10:25
A Ucrânia pediu nesta quinta-feira, 25, que ONU e Cruz Vermelha tenham acesso ao lugar do acidente do avião militar russo que, segundo Moscou, foi derrubado pelas forças de Kiev, enquanto transportava 65 prisioneiros de guerra ucranianos.
A Rússia acusou a Ucrânia de estar por trás da queda na quarta-feira, 24, de um avião de transporte Il-76, que caiu perto da cidade de Yablonovo, na região fronteiriça de Belgorod, matando todos os seus 74 ocupantes.
Segundo a versão de Moscou, estavam a bordo 65 prisioneiros ucranianos que seriam trocados, além de seis tripulantes e três soldados russos. O Exército russo acusou as forças ucranianas de terem destruído o avião e garantiu que "sabiam" que os prisioneiros seriam transferidos para Belgorod para uma troca na fronteira.
Na quinta-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, criticou Kiev por um "ato monstruoso". Até agora, porém, a Rússia não deu provas do número, ou da identidade dos passageiros, nem de que a Ucrânia soubesse quem estava a bordo da aeronave.
A Ucrânia não confirma ter abatido o avião, mas indicou que continuará a atacar alvos militares em território russo.
Seu comissário de Direitos Humanos, Dmitro Lubinets, um dos responsáveis pelas trocas de prisioneiros, pediu hoje à ONU e ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha que viajem para "inspecionar o local" do acidente. Lubinets disse, no entanto, estar "convencido" de que Moscou não autorizará "ninguém (…) a ver o local".
O serviço de Inteligência militar ucraniano insistiu, por sua vez, na falta de "informações confiáveis e completas" sobre os passageiros do avião.
'Campanha de propaganda'
A Rússia acusou a Ucrânia de estar por trás da queda na quarta-feira, 24, de um avião de transporte Il-76, que caiu perto da cidade de Yablonovo, na região fronteiriça de Belgorod, matando todos os seus 74 ocupantes.
Segundo a versão de Moscou, estavam a bordo 65 prisioneiros ucranianos que seriam trocados, além de seis tripulantes e três soldados russos. O Exército russo acusou as forças ucranianas de terem destruído o avião e garantiu que "sabiam" que os prisioneiros seriam transferidos para Belgorod para uma troca na fronteira.
Na quinta-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, criticou Kiev por um "ato monstruoso". Até agora, porém, a Rússia não deu provas do número, ou da identidade dos passageiros, nem de que a Ucrânia soubesse quem estava a bordo da aeronave.
A Ucrânia não confirma ter abatido o avião, mas indicou que continuará a atacar alvos militares em território russo.
Seu comissário de Direitos Humanos, Dmitro Lubinets, um dos responsáveis pelas trocas de prisioneiros, pediu hoje à ONU e ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha que viajem para "inspecionar o local" do acidente. Lubinets disse, no entanto, estar "convencido" de que Moscou não autorizará "ninguém (…) a ver o local".
O serviço de Inteligência militar ucraniano insistiu, por sua vez, na falta de "informações confiáveis e completas" sobre os passageiros do avião.
'Campanha de propaganda'
O comissário ucraniano para os direitos humanos observou que, de qualquer modo, a Rússia é "responsável pela segurança" dos detidos, em conformidade com a Convenção de Genebra.
Lubinets acrescentou que "nada indica que houvesse tanta gente a bordo". "Para mim, é um exemplo claro da Rússia planejando uma campanha de propaganda contra a Ucrânia", disse ele nas redes sociais.
Kiev reconheceu que uma troca de prisioneiros estava prevista, mas afirma "não ter sido informada" da necessidade de garantir o espaço aéreo na área do acidente.
Nesta quinta-feira, os serviços especiais do país (SBU) anunciaram a abertura de uma investigação sobre o acidente por "violação das leis e dos costumes de guerra", mas parece difícil realizá-la, uma vez que ocorreu em território russo.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, pediu uma investigação internacional e acusou a Rússia de "brincar com a vida dos prisioneiros ucranianos".
A Rússia, por sua vez, conseguiu organizar uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU às 19h (horário de Brasília) desta quinta-feira.
A região russa de Belgorod é alvo regular de ataques de drones e mísseis ucranianos. Kiev assumiu, em diferentes ocasiões, a responsabilidade pela destruição de aparelhos russos, com o último desses episódios ocorrendo na semana passada.
Já a Rússia esteve envolvida em inúmeros desastres aéreos, com frequência em circunstâncias estranhas, nas quais a narrativa de Moscovo levanta questões.
Um caso recente é a morte do chefe do grupo armado Wagner, Yevgueni Prigozhin, em um acidente de avião entre Moscou e São Petersburgo em agosto de 2023, semanas depois de seu motim contra o Kremlin. As autoridades russas negaram estarem envolvidas e alegaram que o avião pode ter explodido, porque seus passageiros detonaram uma granada a bordo.
Kiev reconheceu que uma troca de prisioneiros estava prevista, mas afirma "não ter sido informada" da necessidade de garantir o espaço aéreo na área do acidente.
Nesta quinta-feira, os serviços especiais do país (SBU) anunciaram a abertura de uma investigação sobre o acidente por "violação das leis e dos costumes de guerra", mas parece difícil realizá-la, uma vez que ocorreu em território russo.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, pediu uma investigação internacional e acusou a Rússia de "brincar com a vida dos prisioneiros ucranianos".
A Rússia, por sua vez, conseguiu organizar uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU às 19h (horário de Brasília) desta quinta-feira.
A região russa de Belgorod é alvo regular de ataques de drones e mísseis ucranianos. Kiev assumiu, em diferentes ocasiões, a responsabilidade pela destruição de aparelhos russos, com o último desses episódios ocorrendo na semana passada.
Já a Rússia esteve envolvida em inúmeros desastres aéreos, com frequência em circunstâncias estranhas, nas quais a narrativa de Moscovo levanta questões.
Um caso recente é a morte do chefe do grupo armado Wagner, Yevgueni Prigozhin, em um acidente de avião entre Moscou e São Petersburgo em agosto de 2023, semanas depois de seu motim contra o Kremlin. As autoridades russas negaram estarem envolvidas e alegaram que o avião pode ter explodido, porque seus passageiros detonaram uma granada a bordo.
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