Governo russo informou que o objetivo seria retirar as crianças das zonas de combateFilippo Monteforte/AFP
Publicado 29/01/2024 11:14 | Atualizado 29/01/2024 11:17
Uma aposentada, de 72 anos, foi condenada a cinco anos e meio de prisão, acusada de compartilhar uma publicação on-line sobre as perdas do Exército russo na Ucrânia, informaram grupos de defesa dos direitos humanos nesta segunda-feira (29).
Yevgeniya Maiboroda, da região de Rostov, no sul da Rússia, foi processada no âmbito de uma lei que proíbe a divulgação deliberada de "informação falsa" sobre o Exército russo.
Maiboroda se declarou culpada, mas negou que tenha sido motivada por "ódio político", como alegaram os promotores, disse o grupo de direitos humanos OVD-Info.
A aposentada compartilhou duas publicações em sua conta na rede social VK. Uma era um "vídeo emocionante" sobre o conflito, e outra, sobre o número de soldados mortos, relatou o grupo jurídico Setevie Svobodi.
O grupo afirma que a mulher se sentiu obrigada a compartilhar as publicações depois que seu irmão ficou preso sob os escombros de um prédio que "desabou, devido aos projéteis", na cidade ucraniana de Dnipro.
Um porta-voz do tribunal da cidade de Shakhti, em Rostov, confirmou à AFP a condenação de Maiboroda e afirmou que a aposentada foi acusada de conteúdo ilegal em sua conta VK, sem dar mais detalhes.
O governo russo declarou ilegal qualquer crítica ao Exército, pouco depois de lançar sua ofensiva na Ucrânia, em fevereiro de 2022. Milhares de opositores ao conflito foram censurados, presos, ou exilados.
Este mês, um aposentado doente, de 62 anos, que criticou o conflito, foi condenado a mais de oito anos de prisão por traição, acusação que ele nega.
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