População da Ucrânia diminuiu drasticamente desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022Roman Pilipey / AFP
Publicado 29/01/2024 13:46 | Atualizado 29/01/2024 13:57
Vários deputados ucranianos anunciaram nesta segunda-feira, 29, uma emenda para proteger o uso de esperma ou óvulos de soldados mortos na guerra, uma questão que gera controvérsia no país.
No ano passado, a Ucrânia autorizou os militares a congelarem amostras desse tipo de forma gratuita antes de partir para a frente de batalha, mas a legislação era ambígua sobre o destino dessas amostras em caso de morte.
A emenda desta segunda responde a uma nova lei controversa que entrará em vigor em março e que exige a destruição do esperma e os óvulos congelados dos soldados depois de sua morte.
A questão gerou um debate social e ético no país, em plena guerra pela invasão russa. A vice-presidente do Parlamento, Olena Kondratiuk, disse que os parlamentares apresentarão uma emenda nesta segunda para "cancelar a destruição pós-morte" dessas amostras.
"Como explicar isto a uma mulher em luto (...) que, enquanto seu marido defendia nosso país e morria, os deputados privaram-na de seu direito de ser pai depois de sua morte?", escreveu a advogada Olena Babych no Facebook na semana passada.
A população da Ucrânia diminuiu drasticamente desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022, devido às perdas militares e ao êxodo de milhões de pessoas que fugiram do país.
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