Publicado 30/01/2024 20:01 | Atualizado 30/01/2024 20:01
O Uruguai informou nesta terça-feira (30) que identificou o primeiro caso humano de encefalomielite equina, uma doença viral transmitida por mosquitos, inicialmente detectada no mês passado em um cavalo na costa oeste do país, próximo à Argentina.
Segundo o Ministério da Saúde Pública (MSP), trata-se de uma pessoa residente no departamento de San José (sudoeste), que, em análise laboratorial, testou positivo para encefalomielite equina do oeste (EEO).
A EEO é a forma mais leve das três variantes dessa doença, que em humanos provoca febre alta, dor de cabeça intensa, fraqueza muscular e convulsões, podendo ser fatal.
"O paciente está evoluindo favoravelmente e, até o momento, é o único caso", indicou o MSP em comunicado, sem detalhar o sexo ou a idade da pessoa.
Destacou ainda que "a circulação viral constatada pelo Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca [MGAP] em vários animais de diferentes departamentos tornava esperada a ocorrência de algum caso humano, como ocorreu em outros países".
A Argentina, que declarou emergência sanitária em 30 de novembro devido a surtos no centro e nordeste do país, já registrou dezenas de contágios e várias mortes por encefalomielite equina em humanos.
O vírus é transmitido das aves para diversas espécies de mosquitos. Cavalos e pessoas se infectam quando são picados por mosquitos portadores do vírus. O risco de contágio entre equinos e de equinos para humanos é "insignificante", de acordo com as autoridades.
Até agora, nenhum caso em humanos havia sido relatado no Uruguai.
O MSP reiterou as medidas para evitar a picada de mosquitos que possam estar infectados, como eliminar potenciais criadouros desses insetos, manter recipientes com água cobertos e evitar o acúmulo de pneus ao ar livre.
Em pleno verão, com altas temperaturas, umidade e proliferação de mosquitos, recomendou o uso de calças e camisas de manga longa, repelentes e redes mosquiteiras em quartos.
No Uruguai, que possui quase 400 mil cavalos, os casos de encefalomielite equina representam 0,25%, e as mortes 0,08%, segundo o último balanço oficial do MGAP, datado de 30 de janeiro.
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