Publicado 31/01/2024 08:33 | Atualizado 31/01/2024 08:33
A China superou o Japão em 2023 como o maior exportador mundial de veículos, segundo os resultados divulgados nesta quarta-feira, 31, pela Associação de Fabricantes de Automóveis (JAMA) nipônica.
O setor automobilístico chinês cresceu nos últimos anos em grande parte devido investimentos em larga escala nos veículos elétricos, uma área em que as empresas japonesas demonstram mais cautela.
O Japão exportou 4,42 milhões de carros em 2023, segundo JAMA, abaixo dos 4,91 milhões exportados pela China, de acordo com a Associação de Fabricantes de Automóveis da China (CAAM).
O governo chinês calculou um número ainda maior, 5,22 milhões, o que representa uma alta expressiva de 57% em termos anuais. Porém, ao contrário das montadoras chinesas, as fabricantes japonesas de automóveis, como a Toyota, produzem grandes volumes de carros em outros países.
A Toyota confirmou na terça-feira, 30, sua posição como a líder mundial do setor em termos de unidades vendidas. Em 2022, a produção de veículos no Japão, excluindo as motocicletas, alcançou 7,84 milhões de unidades, mas sua produção no exterior atingiu 17 milhões de unidades.
Em vez dos modelos elétricos, as montadoras japonesas optaram pelos híbridos, que combinam energia elétrica com motores a combustão, nas quais foram pioneiras com modelos como o Prius da Toyota. As empresas japonesas se comprometeram a aumentar sua presença no mercado de carros elétricos.
A Toyota almeja vender 1,5 milhão de carros elétricos por ano até 2026, com o aumento do volume a 3,5 milhões até 2030.
Produção de baterias
O setor automobilístico chinês cresceu nos últimos anos em grande parte devido investimentos em larga escala nos veículos elétricos, uma área em que as empresas japonesas demonstram mais cautela.
O Japão exportou 4,42 milhões de carros em 2023, segundo JAMA, abaixo dos 4,91 milhões exportados pela China, de acordo com a Associação de Fabricantes de Automóveis da China (CAAM).
O governo chinês calculou um número ainda maior, 5,22 milhões, o que representa uma alta expressiva de 57% em termos anuais. Porém, ao contrário das montadoras chinesas, as fabricantes japonesas de automóveis, como a Toyota, produzem grandes volumes de carros em outros países.
A Toyota confirmou na terça-feira, 30, sua posição como a líder mundial do setor em termos de unidades vendidas. Em 2022, a produção de veículos no Japão, excluindo as motocicletas, alcançou 7,84 milhões de unidades, mas sua produção no exterior atingiu 17 milhões de unidades.
Em vez dos modelos elétricos, as montadoras japonesas optaram pelos híbridos, que combinam energia elétrica com motores a combustão, nas quais foram pioneiras com modelos como o Prius da Toyota. As empresas japonesas se comprometeram a aumentar sua presença no mercado de carros elétricos.
A Toyota almeja vender 1,5 milhão de carros elétricos por ano até 2026, com o aumento do volume a 3,5 milhões até 2030.
Produção de baterias
A empresa também investiu consideravelmente em tecnologia de baterias e aposta na capacidade de produzir baterias de estado sólido.
Esta tecnologia, que ainda não foi testada em larga escala, permite que as baterias carreguem de maneira mais rápida e dá aos carros elétricos uma autonomia maior que a proporcionada pela baterias convencionais.
A empresa chinesa BYD superou este mês a Tesla como a maior vendedora de veículos elétricos no mundo, graças em parte ao forte apoio do governo ao setor.
O sucesso da China nos veículos elétricos deixou suas empresas em uma situação incômoda com as agências reguladoras dos mercados ocidentais, onde enfrentam acusações de práticas anticompetitivas.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou em setembro uma investigação sobre os subsídios chineses aos carros elétricos.
A investigação pode resultar na imposição de tarifas dentro da União Europeia sobre os automóveis vendidos a preços artificialmente baixos, na visão do bloco, e que afetam os concorrentes europeus.
"Lembra um pouco que a aconteceu nos anos 1980 com o Japão, quando o país começou a exportar muitos automóveis", disse Christopher Richter, analista da CLSA.
"Os japoneses resolveram questão quando começaram a construir muitas fábricas no exterior (...) Fabricam no exterior quatro vezes mais do que exportam", recordou Richter em outubro.
Esta tecnologia, que ainda não foi testada em larga escala, permite que as baterias carreguem de maneira mais rápida e dá aos carros elétricos uma autonomia maior que a proporcionada pela baterias convencionais.
A empresa chinesa BYD superou este mês a Tesla como a maior vendedora de veículos elétricos no mundo, graças em parte ao forte apoio do governo ao setor.
O sucesso da China nos veículos elétricos deixou suas empresas em uma situação incômoda com as agências reguladoras dos mercados ocidentais, onde enfrentam acusações de práticas anticompetitivas.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou em setembro uma investigação sobre os subsídios chineses aos carros elétricos.
A investigação pode resultar na imposição de tarifas dentro da União Europeia sobre os automóveis vendidos a preços artificialmente baixos, na visão do bloco, e que afetam os concorrentes europeus.
"Lembra um pouco que a aconteceu nos anos 1980 com o Japão, quando o país começou a exportar muitos automóveis", disse Christopher Richter, analista da CLSA.
"Os japoneses resolveram questão quando começaram a construir muitas fábricas no exterior (...) Fabricam no exterior quatro vezes mais do que exportam", recordou Richter em outubro.
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