Carro usado pelo suspeito antes de bater e dar sequência a fuga a pé Henry Nicholls / AFP
Publicado 01/02/2024 10:49 | Atualizado 01/02/2024 12:27
Um homem, de 35 anos, pulverizou uma "substância corrosiva" em uma mulher e em suas duas filhas em uma rua do sul de Londres na quarta-feira, 31, além de ferir vários transeuntes, informou a polícia local na quinta, 1.

As três vítimas continuavam hospitalizadas na manhã desta quinta e, embora suas vidas "não estejam em perigo, os ferimentos sofridos por essa mulher e pela mais nova de suas filhas, irão marcá-las para sempre", declarou uma autoridade da polícia londrina em um comunicado.

Na quarta-feira, por volta das 19h30 locais (16h30 em Brasília), no bairro de Clapham, o suspeito, identificado como Abdul Shokoor Azedi, atacou a mulher de 31 anos e as duas filhas, de oito e três anos, com uma substância "alcalina".

O agressor, que também agrediu uma das meninas, jogando-a no chão duas vezes, tentou sair do local de carro, mas bateu em um veículo estacionado e fugiu a pé. Testemunhas presenciais, entrevistadas pela BBC, relataram que a mulher tinha queimaduras graves no rosto, com os lábios ficando totalmente pretos, e gritava: "Meus olhos! Meus olhos!".
"Vamos prender o agressor", prometeu o chefe de polícia Mark Rowley à BBC. "Estas duas pessoas se conheciam, portanto não há coincidência", acrescentou, observando que tudo indica que não se tratou de um ataque terrorista.

Quatro pessoas também ficaram feridas, ao entrarem em contato com essa substância, quando "corajosamente prestaram ajuda" às vítimas. Cinco policiais também ficaram "levemente" machucados.
Depois de uma série de ataques com substâncias corrosivas que chocaram o Reino Unido há alguns anos e atingiram um total de 941 em 2017, esses incidentes se tornaram menos frequentes, graças ao reforço dos controles sobre a venda desses produtos em 2019.

O número de ataques voltou a aumentar em 2022, porém, crescendo 69% na Inglaterra e no País de Gales, com 710 ataques, segundo a organização Acid Survivors Trust International.
*Com informações da AFP
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