Publicado 02/02/2024 17:11
As lojas da Apple nos Estados Unidos começaram a vender, nesta sexta-feira (2), o Vision Pro, óculos de realidade mista que custam 3.499 dólares (17.380 reais), em seu primeiro grande lançamento desde o Apple Watch, há nove anos.
A chegada do Vision Pro é um marco para os amantes da realidade virtual e da realidade aumentada, que veem nessas tecnologias o próximo capítulo da vida na internet depois dos smartphones.
Mas dado seu alto custo, assim como o fraco sucesso de lançamentos similares e mais baratos da Meta, a matriz do Facebook, as primeiras críticas despertaram dúvidas sobre o Vision Pro mudará as regras do jogo, ao menos por enquanto.
Trata-se de um produto “surpreendente”, escreveu o veículo especializado em tecnologia The Verge, embora “também represente uma série de grandes contrapartidas” que são “impossíveis de ignorar”.
É “um produto impressionante, um que vem sendo desenvolvido há muitos anos e com bilhões de dólares”, mas “mesmo depois de testá-lo, ainda não faço ideia para que ou para quem é isso”, escreveu, por sua vez, o jornal americano The New York Times.
Os críticos reconhecem, sem dúvidas, um fator "wow", apontando sua qualidade de imagem de vanguarda e o prazer de abrir e fechar aplicativos flutuando no espaço com seus olhos e dedos.
No entanto, o dispositivo é pesado, desalinha o cabelo do usuário e exige uma bateria volumosa, acrescentam.
A Apple considera o Vision Pro como sua primeira incursão na “computação espacial”, negando-se a usar o termo “realidade virtual”, tipicamente associados aos fãs de tecnologia e gamers.
Segundo a empresa, estão disponíveis 600 aplicativos e jogos especificamente desenvolvidos para o Vision Pro, assim como um milhão de aplicativos compatíveis.
Em parceria com a Apple, a Disney fornecerá 150 filmes em 3D no lançamento, anunciaram as duas empresas. Netflix, Spotify e Google, por enquanto, se recusaram a modificar seus aplicativos para se ajustarem aos óculos.
O Vision Pro será disponibilizado em outros países no final deste ano, indicou Tim Cook, o CEO da Apple.
De acordo com analistas da Wedbush Securities, a Apple pode esperar vender cerca de 600 mil unidades em 2024.
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