Refinaria em Volgogrado após ataque ucraniano neste sábado, 3Reprodução
Publicado 03/02/2024 11:13 | Atualizado 03/02/2024 14:40
Um incêndio eclodiu neste sábado, 3, em uma grande refinaria na região de Volgogrado, no sudoeste da Rússia, após um ataque de drone atribuído à Ucrânia, disse uma autoridade local.

"Ontem à noite, equipes de defesa antiaérea e de interferência eletrônica repeliram um ataque de drones na região de Volgogrado", disse o governador Andrei Bocharov no Telegram.

"Ocorreu um incêndio na refinaria de Volgogrado, após a queda de um drone", acrescentou, especificando que os bombeiros já tinham a situação sob controle. Segundo o governador, não houve vítimas.

Em um comunicado, o Exército russo anunciou que a defesa antiaérea abateu, ou interceptou, quatro drones na região de Belgorod, outros dois em Volgogrado, e outro, em Rostov-on-Don. As forças ucranianas informaram, por sua vez, que abateu nove dos 14 drones lançados pela Rússia contra as regiões sul e centro do país durante a noite.

Segundo as autoridades ucranianas, os drones tinham como alvo instalações energéticas na região central de Dnipro, onde milhares de pessoas ficaram sem eletricidade. O Ministério ucraniano da Energia disse que está trabalhando para restabelecer a eletricidade.

Ao longo de seus quase dois anos de ofensiva, a Rússia atacou as infraestruturas energéticas da Ucrânia, deixando milhares de pessoas sem calefação no Inverno passado.
Polícia russa prende jornalistas durante protesto
Neste mesmo sábado, a polícia russa deteve pelo menos 20 jornalistas durante uma manifestação na Praça Vermelha de Moscou, organizada por esposas de soldados que combatem na Ucrânia e que exigem o retorno de seus maridos.

Um cinegrafista da AFP, detido durante o protesto, indicou que, entre 20 e 25 jornalistas, incluindo repórteres estrangeiros, estavam com ele em um furgão, a caminho de uma delegacia de polícia na capital russa.

Há várias semanas, mulheres de soldados mobilizados na Ucrânia se reúnem na Praça Vermelha, em frente ao Kremlin, para exigir o regresso de seus maridos, depois da operação russa lançada na Ucrânia em fevereiro de 2022.

Esse é um tema delicado para as autoridades, que até agora se abstiveram de reprimir o nascente movimento de protesto.

Em geral, a imprensa russa não cobre esses protestos, e o Kremlin tenta a todo custo exibir uma imagem de unidade em torno do presidente Vladimir Putin, sobretudo, às vésperas da eleição presidencial de março de 2024. A vitória de Putin é, praticamente, dada como certa.

De acordo com o presidente russo, 244.000 soldados combatem, hoje, na Ucrânia, de um contingente total de 617.000 soldados.
*Com informações da AFP
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