Publicado 07/02/2024 18:50
O governo do presidente Joe Biden está determinado a manter um diálogo com Cuba sempre que o mesmo atender aos interesses americanos, sublinhou o Departamento de Estado após uma reunião bilateral sobre segurança realizada nesta quarta-feira (7), em Washington.
Esse diálogo aumenta "a segurança nacional dos Estados Unidos por meio de uma coordenação melhor das forças de ordem, o que permite proteger melhor os cidadãos americanos e levar os criminosos à justiça”, ressalta o comunicado oficial.
Para Washington, estreitar os canais bilaterais de cooperação policial “também melhora a defesa dos direitos humanos pelos Estados Unidos”, que impuseram um embargo econômico à ilha caribenha há mais de seis décadas. “A defesa dos direitos humanos faz parte de todas as conversas com Havana”.
Pelo menos 500 pessoas foram condenadas a até 25 anos de prisão por terem participado das manifestações históricas de 11 de julho de 2021 por melhorias econômicas e mais liberdades. Organizações de defesa dos direitos humanos e a embaixada dos Estados Unidos na ilha comunista elevaram esse número para mil.
Apesar da questão dos direitos humanos, Washington está disposta a manter o canal aberto. Ao participar do diálogo de segurança, o governo Biden ressalta seu “compromisso de prosseguir com conversas construtivas com o governo de Cuba quando for apropriado para promover os interesses dos Estados Unidos”.
Cuba divulgou em dezembro a Lista Nacional de pessoas que "foram submetidas a investigações criminais e são procuradas no país devido ao seu envolvimento em promoção, organização, planejamento, financiamento, apoio ou prática de atos materializados em território nacional ou em outros países, em função de atos de terrorismo". A lista inclui cerca de 20 organizações e 61 pessoas, a maioria residente nos Estados Unidos.
O diálogo sobre segurança começou em 2015, durante o mandato do presidente democrata Barack Obama, na sequência do restabelecimento dos laços diplomáticos bilaterais. O ex-presidente republicano Donald Trump (2017-2021) pôs fim a essa aproximação e voltou a incluir Cuba na lista dos países que patrocinam o terrorismo, na qual permanece até hoje.
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