Publicado 08/02/2024 15:35
O mundo registrou pela primeira vez 12 meses consecutivos com temperaturas 1,5ºC acima da média da era pré-industrial, anunciou nesta quinta-feira (8) o observatório europeu do clima Copernicus. O mês de janeiro foi marcado por uma onda de calor na América do Sul, com temperaturas recordes e incêndios devastadores na Colômbia e Chile, com mais de 130 mortos na região de Valparaíso.
O Serviço Copernicus de Mudança Climática (C3S) informou que, de fevereiro de 2023 a janeiro de 2024, o planeta registrou uma temperatura média 1,52ºC superior à do período 1850-1900, algo que os cientistas consideram uma "advertência à humanidade".
"Isto não significa que superamos a barreira +1,5ºC estabelecida em Paris em 2015", em um acordo para tentar conter as mudanças climáticas e suas consequências, disse Richard Betts, diretor de estudos sobre os impactos climáticos na agência nacional de meteorologia britânica.
Para isto, explicou, seria necessário superar o limite de forma estável durante várias décadas.
"Porém, esta é uma nova recordação das mudanças profundas que provocamos no clima mundial e às quais temos que nos adaptar agora", acrescentou.
Aviso brutal
O Serviço Copernicus de Mudança Climática (C3S) informou que, de fevereiro de 2023 a janeiro de 2024, o planeta registrou uma temperatura média 1,52ºC superior à do período 1850-1900, algo que os cientistas consideram uma "advertência à humanidade".
"Isto não significa que superamos a barreira +1,5ºC estabelecida em Paris em 2015", em um acordo para tentar conter as mudanças climáticas e suas consequências, disse Richard Betts, diretor de estudos sobre os impactos climáticos na agência nacional de meteorologia britânica.
Para isto, explicou, seria necessário superar o limite de forma estável durante várias décadas.
"Porém, esta é uma nova recordação das mudanças profundas que provocamos no clima mundial e às quais temos que nos adaptar agora", acrescentou.
Aviso brutal
"Este é um aviso brutal sobre a urgência das medidas que devem ser adotadas para limitar a mudança climática", destacou Brian Hoskins, diretor do Instituto Grantham sobre Mudanças Climáticas do Imperial College de Londres.
"É um sinal muito importante e desastroso" disse Johan Rockström, do Instituto de Potsdam de Pesquisas do Impacto do Clima.
"Um alerta para dizer à humanidade que nos aproximamos mais rápido que o previsto do limite de 1,5 ºC", acrescentou.
A temperatura atual já está quase de 1,2ºC acima da média registrada entre 1850-1900. No atual ritmo de emissões, os especialistas da ONU calculam que existe uma probabilidade de 50% de atingir o limite de 1,5ºC no período 2030-2035.
Depois dos recordes de 2023, o novo ano segue o mesmo caminho. Com temperatura média de 13,14ºC, 2024 teve o mês de janeiro mais quente desde o início dos registros.
A média é 0,12ºC superior ao recorde anterior, de janeiro de 2020, e ficou 0,70ºC acima da média registrada no período 1991-2020. Comparada com a era pré-industrial, o mês foi 1,66ºC mais quente.
Além disso, janeiro foi o oitavo mês consecutivo que registrou o recorde de calor histórico para cada um destes meses, segundo o Copernicus.
O calor não se limitou ao continente sul-americano. Além de alguns episódios de frio e chuvas consideráveis em algumas partes do globo, o inverno boreal tem sido especialmente ameno no sul de França, Espanha ou em partes dos Estados Unidos, Canadá, África, Oriente Médio e Ásia.
2024 pior que 2023?
"É um sinal muito importante e desastroso" disse Johan Rockström, do Instituto de Potsdam de Pesquisas do Impacto do Clima.
"Um alerta para dizer à humanidade que nos aproximamos mais rápido que o previsto do limite de 1,5 ºC", acrescentou.
A temperatura atual já está quase de 1,2ºC acima da média registrada entre 1850-1900. No atual ritmo de emissões, os especialistas da ONU calculam que existe uma probabilidade de 50% de atingir o limite de 1,5ºC no período 2030-2035.
Depois dos recordes de 2023, o novo ano segue o mesmo caminho. Com temperatura média de 13,14ºC, 2024 teve o mês de janeiro mais quente desde o início dos registros.
A média é 0,12ºC superior ao recorde anterior, de janeiro de 2020, e ficou 0,70ºC acima da média registrada no período 1991-2020. Comparada com a era pré-industrial, o mês foi 1,66ºC mais quente.
Além disso, janeiro foi o oitavo mês consecutivo que registrou o recorde de calor histórico para cada um destes meses, segundo o Copernicus.
O calor não se limitou ao continente sul-americano. Além de alguns episódios de frio e chuvas consideráveis em algumas partes do globo, o inverno boreal tem sido especialmente ameno no sul de França, Espanha ou em partes dos Estados Unidos, Canadá, África, Oriente Médio e Ásia.
2024 pior que 2023?
A superfície dos oceanos também está está superaquecida, com um novo recorde de temperatura média em janeiro, de 20,97ºC.
Este é o segundo maior valor registrado, apenas 0,01ºC abaixo do recorde de agosto de 2023.
O calor deve prosseguir depois de janeiro, segundo as previsões, apesar do início da redução do fenômeno climático 'El Niño', o que deve resultar em uma queda das temperaturas no mar.
O ano de 2024 "começa com um novo mês de recorde", lamentou Samantha Burgess, vice-diretora do Serviço de Mudança Climática do Copernicus.
"Uma redução rápida das emissões de gases do efeito estufa é o único meio de frear o aumento das temperaturas mundiais", disse.
Em meados de janeiro, a Organização Meteorológica Mundial e a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos alertaram que 2024 pode bater com facilidade o recorde de calor do ano anterior.
Segundo a NOAA, há 33% de probabilidade de 2024 superar o recorde histórico e 99% de probabilidade de ficar entre os cinco anos mais quentes já registados.
Este é o segundo maior valor registrado, apenas 0,01ºC abaixo do recorde de agosto de 2023.
O calor deve prosseguir depois de janeiro, segundo as previsões, apesar do início da redução do fenômeno climático 'El Niño', o que deve resultar em uma queda das temperaturas no mar.
O ano de 2024 "começa com um novo mês de recorde", lamentou Samantha Burgess, vice-diretora do Serviço de Mudança Climática do Copernicus.
"Uma redução rápida das emissões de gases do efeito estufa é o único meio de frear o aumento das temperaturas mundiais", disse.
Em meados de janeiro, a Organização Meteorológica Mundial e a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos alertaram que 2024 pode bater com facilidade o recorde de calor do ano anterior.
Segundo a NOAA, há 33% de probabilidade de 2024 superar o recorde histórico e 99% de probabilidade de ficar entre os cinco anos mais quentes já registados.
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