Presidente dos Estados Unidos, Joe BidenAFP
Publicado 08/02/2024 19:27
EUA - O presidente americano, Joe Biden, "reteve intencionalmente" documentos sigilosos depois de deixar a vice-presidência, entre 2009 e 2017, mas não há motivos para apresentar acusações contra ele, informou o Departamento de Justiça nesta quinta-feira (8).
"Chegamos à conclusão de que não se justificam acusações criminosas nesse assunto", disse o procurador especial Robert Hur, que descreveu Biden como "um homem idoso com memória ruim".
O procurador especial foi nomeado em janeiro de 2023 pelo secretário da Justiça, Merrick Garland.
Em 2022, foram encontrados documentos sigilosos em uma casa de Biden em Wilmington, Delaware (nordeste), e em um antigo escritório. Os documentos datam da época em que Biden foi vice-presidente (2009-2017) de Barack Obama.
O relatório tira um peso dos ombros do presidente, candidato à reeleição nas presidenciais de novembro, quando provavelmente vai enfrentar seu antecessor, o republicano Donald Trump.
Este último enfrenta um julgamento penal acusado de ter levado consigo muitos documentos confidenciais quando deixou a Casa Branca e ter se negado a cooperar com os investigadores.
No entanto, o procurador especial Hur considera que o presidente atual tem a memória tão comprometida que sequer se lembra quando foi vice-presidente e quando morreu seu filho Beau, falecido em 2015, vítima de um câncer.
Uma porta-voz de Trump, Karoline Leavitt, reagiu publicando na rede social X: "Como se supõe que devemos confiar em sua capacidade para liderar nosso país se sua memória tem 'limitações significativas'?!?"
A Casa Branca se disse "satisfeita" com a decisão de não apresentar acusações contra Biden, mas diverge "de uma série de comentários inexatos e inapropriados no informe do procurador especial".
Em um comunicado, o presidente deu por encerrado o caso de manipulação indevida de documentos confidenciais.
"Fiquei satisfeito que chegassem à conclusão à qual sempre acreditei que chegariam: que não seriam apresentadas acusações neste caso e o assunto agora está encerrado", afirmou na nota.
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