Presidente dos EUA, Joe BidenAFP
Publicado 09/02/2024 07:30
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, classificou na quinta-feira (8) como "excessiva" a resposta de Israel na Faixa de Gaza após os ataques de 7 de outubro pelo movimento islâmico Hamas.

"Minha opinião é que a resposta em Gaza, na Faixa de Gaza, tem sido excessiva", declarou o presidente à imprensa na Casa Branca.

"Há muitas pessoas inocentes passando fome, muitas pessoas inocentes que estão em dificuldades e morrendo, e isto tem que parar", completou.

O Exército israelense intensificou os ataques em Rafah, e Washington alertou seu aliado histórico sobre o risco de um "desastre" nesta cidade do sul da Faixa de Gaza, onde estão reunidos centenas de milhares de deslocados do pequeno território.

Meses de bombardeios e cerco aprofundaram a crise humanitária, especialmente no sul de Gaza.

Biden assegurou que está se esforçando para que a ajuda chegue ao território palestino, e apontou que o presidente do Egito, Abdel Fatah al-Sisi, inicialmente "não queria abrir as portas para permitir a entrada da assistência humanitária".

"Falei com ele. O convenci a abrir as portas. Falei com 'Bibi' para abrir as portas do lado israelense", disse, referindo-se ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

"Tenho me esforçado muito para levar ajuda humanitária a Gaza", insistiu.
A guerra

A guerra começou em 7 de outubro quando milicianos islamistas mataram mais de 1.160 pessoas, na maioria civis, e sequestraram cerca de 250 em um ataque no sul de Israel, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses. Entre os mortos, estão mais de 300 militares.

Uma trégua de uma semana em novembro permitiu a troca de mais de 100 reféns por prisioneiros palestinos detidos em Israel. Estima-se que cerca de 132 permanecem em cativeiro em Gaza e que 29 deles morreram.

Nos bombardeios e operações de represália israelenses em Gaza, pelo menos 27.947 pessoas morreram, a maioria mulheres, crianças e adolescentes, segundo o Hamas, uma organização classificada como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos.
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