Publicado 11/02/2024 20:31
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, criticou as declarações recentes do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. "A Otan continua pronta e capaz de defender todos os aliados. Qualquer sugestão de que os aliados não se defenderão mutuamente mina toda a nossa segurança, incluindo a dos EUA, e coloca os soldados americanos e europeus em risco acrescido. Espero que, independentemente de quem ganhe as eleições presidenciais, os EUA continuem a ser um país forte e empenhado como aliado da Otan", disse Stoltenberg, em comunicado à imprensa neste domingo, 11.
A reação da Otan vem na esteira de declarações de Trump quanto aos países do bloco que não cumprem as metas de gastos com defesa. Neste sábado, 10, em comício na Carolina do Sul, Trump afirmou que poderia encorajar a Rússia a "fazer o que quisesse" contra países aliados da Otan que são "delinquentes" e não cumprem com as regras de gastos militares da organização. Segundo Trump, o seu alerta foi feito como presidente a um país membro da Otan.
Stoltenberg é elogiado entre os 30 países-membros da Otan pela sua capacidade diplomática em manter a Otan unida durante o mandato de Trump, mas ele deve deixar o cargo em julho. Desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, em fevereiro de 2022, a Otan empreendeu o seu maior reforço militar desde a Guerra Fria
A cláusula de defesa mútua da Otan, artigo 5º do seu tratado fundador, prevê que todos os aliados comprometem-se a ajudar qualquer membro que seja atacado. O artigo só foi ativado uma vez - pelos EUA, na sequência dos ataques de 11 de setembro de 2001.
Em 2014, os aliados da Otan se comprometeram a gastar 2% do PIB na defesa até 2024. De acordo com estimativas da própria Otan divulgadas no início de 2023, dez dos seus 30 Estados membros estavam perto ou acima da marca de 2%, enquanto 13 gastavam 1,5% ou menos. Nenhum país está em dívida com outro ou com a Otan.
As falas de Trump, favorito na corrida presidencial dos EUA, geraram críticas também de países membros da Otan, como a Polônia, que faz fronteira com a Ucrânia. "Temos uma guerra quente na nossa fronteira", disse o primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, neste domingo. Ele se disse preocupado sobre se os Estados Unidos mostrarão "total solidariedade com outros países da Otan neste confronto que promete durar muito tempo com a Rússia".
"Temos de perceber que a União Europeia não pode ser um gigante econômico e cívico e um anão quando se trata de defesa, porque o mundo mudou", afirmou Tusk. O presidente polaco Andrzej Duda afirmou na rede social X, antigo Twitter, que a aliança polaco-americana deve ser forte "independentemente de quem está atualmente no poder na Polônia e nos EUA".
O governo alemão não comentou oficialmente as observações de Trump, mas o Ministério das Relações Exteriores destacou o princípio de solidariedade da Otan em uma declaração no X, antigo Twitter. "'Um por todos e todos por um.' Este credo da Otan mantém mais de 950 milhões de pessoas seguras", afirmou.
A Casa Branca, por sua vez, afirmou que o presidente Joe Biden havia fortalecido a aliança da Otan e que "continuaria reforçando a liderança americana e defendendo nossos interesses de segurança nacional - não contra eles".
A reação da Otan vem na esteira de declarações de Trump quanto aos países do bloco que não cumprem as metas de gastos com defesa. Neste sábado, 10, em comício na Carolina do Sul, Trump afirmou que poderia encorajar a Rússia a "fazer o que quisesse" contra países aliados da Otan que são "delinquentes" e não cumprem com as regras de gastos militares da organização. Segundo Trump, o seu alerta foi feito como presidente a um país membro da Otan.
Stoltenberg é elogiado entre os 30 países-membros da Otan pela sua capacidade diplomática em manter a Otan unida durante o mandato de Trump, mas ele deve deixar o cargo em julho. Desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, em fevereiro de 2022, a Otan empreendeu o seu maior reforço militar desde a Guerra Fria
A cláusula de defesa mútua da Otan, artigo 5º do seu tratado fundador, prevê que todos os aliados comprometem-se a ajudar qualquer membro que seja atacado. O artigo só foi ativado uma vez - pelos EUA, na sequência dos ataques de 11 de setembro de 2001.
Em 2014, os aliados da Otan se comprometeram a gastar 2% do PIB na defesa até 2024. De acordo com estimativas da própria Otan divulgadas no início de 2023, dez dos seus 30 Estados membros estavam perto ou acima da marca de 2%, enquanto 13 gastavam 1,5% ou menos. Nenhum país está em dívida com outro ou com a Otan.
As falas de Trump, favorito na corrida presidencial dos EUA, geraram críticas também de países membros da Otan, como a Polônia, que faz fronteira com a Ucrânia. "Temos uma guerra quente na nossa fronteira", disse o primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, neste domingo. Ele se disse preocupado sobre se os Estados Unidos mostrarão "total solidariedade com outros países da Otan neste confronto que promete durar muito tempo com a Rússia".
"Temos de perceber que a União Europeia não pode ser um gigante econômico e cívico e um anão quando se trata de defesa, porque o mundo mudou", afirmou Tusk. O presidente polaco Andrzej Duda afirmou na rede social X, antigo Twitter, que a aliança polaco-americana deve ser forte "independentemente de quem está atualmente no poder na Polônia e nos EUA".
O governo alemão não comentou oficialmente as observações de Trump, mas o Ministério das Relações Exteriores destacou o princípio de solidariedade da Otan em uma declaração no X, antigo Twitter. "'Um por todos e todos por um.' Este credo da Otan mantém mais de 950 milhões de pessoas seguras", afirmou.
A Casa Branca, por sua vez, afirmou que o presidente Joe Biden havia fortalecido a aliança da Otan e que "continuaria reforçando a liderança americana e defendendo nossos interesses de segurança nacional - não contra eles".
* COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
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